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Americana relata assédio sexual de médico antes de luta de MMA

Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Ag. Fight

19/10/2017 12h08

Tara LaRosa aderiu à campanha "#MeToo" (eu também, em inglês), na qual mulheres compartilham histórias de abuso sexual sofridos, e revelou que sofreu uma tentativa de assédio quando realizava exames para lutar em um evento chamado Moosin - God of Martian Arts, em maio de 2010.

LaRosa escreveu em seu Twitter que tudo começou quando um médico da Comissão Atlética de Massachusetts (EUA) insistiu para realizar um exame de mama na preparação de sua segunda luta contra Roxanne Modafferi. Quando a atleta protestou e alegou que não faria, o profissional respondeu que se o exame não fosse feito, a americana não poderia lutar.

"Antes do meu segundo confronto com Roxanne Modafferi, em Massachussetts, o médico insistiu em fazer ele mesmo um 'exame de mama', como parte do meu procedimento pré-luta. Exame de mama não é feito em nenhum outro estado! Então eu protestei e ele me disse que eu poderia deixá-lo fazer ou não lutar. A Comissão Atlética que me indicou o médico. Ele disse que faz isso por anos. Eu teria feito uma mamografia antes do meu combate se fosse realmente preciso", escreveu a lutadora, que depois viu sua adversária publicar que também sofreu com a mesma situação, e precisou argumentar por 30 minutos para não ser examinada.

Segundo apuração feita pelo site "CombatSports", o regulamento da Comissão de Massachussetts não possui nenhum procedimento relacionado a exame de mama. Um levantamento mostra que uma a cada seis mulheres são vítimas de estupro ou sofrem a tentativa do ataque, e a cada 98 segundos uma mulher é abusada nos Estados Unidos.

No confronto, LaRosa foi derrotada por decisão dividida dos juízes laterais. Essa foi a única vez em sua carreira profissional que a atleta se apresentou em Massachusetts. A última atuação da lutadora no cage foi em maio de 2015.