Ferguson descarta usar "sangue latino" para acelerar crescimento no UFC
Em entrevista concedida durante conversa com jornalistas no UFC Retreat, complexo esportivo do Ultimate localizado na cidade de Las Vegas (EUA), o lutador ressaltou aquilo que já é quase um consenso entre os especialistas e atletas das artes marciais mistas: fatores extra octógono podem interferir e as vezes se sobrepor aos méritos esportivos. No entanto, nem mesmo esses aspectos são capazes de fazê-lo repensar sua forma de se autopromover.
"Estou sempre fazendo um favor para o UFC, que se ferre isso. Se eu fosse mexicano… Não participo desse tipo de jogo, não tenho sotaque. Infelizmente a nossa indústria na América gosta de pessoas que têm sotaque e que são diferentes, o que não é uma coisa ruim porque amo ser diferente. Mas, falando de mim, eu não venderei algo que não sou. Continuarei sendo incrível, sexy e f****. Continuarei sendo incrível e um baita cara que trabalha duro", ponderou o norte-americano.
Os números de Tony Ferguson realmente são expressivos no Ultimate, e com sua vitória mais recente, conquistada sobre Rafael dos Anjos em novembro de 2016, ele bateu o recorde de vitórias consecutivas na divisão dos leves (70 kg). Justamente por considerar seus resultados espetaculares, o norte-americano revela estar insatisfeito com a pouca repercussão de seus últimos tentos. Dados estes que, quando comparados ao de outros astros do MMA, realmente fazem sentido.
"Farei a luta principal? Não sei, e isso mostra quem eu sou, porque tudo em que estou focado no momento é no Kevin Lee, e, se o UFC me deve ou não um favor, não prolongarei isso. Mas prolongarei o fato de ser 12 x 1 no UFC, e será 13 x 1. O que soa melhor do que 10 vitórias consecutivas? Minha porcentagem agora é de 92 %. Superei Jon Jones e Conor McGregor , e o que quero dizer é que estou fazendo algo aqui que ninguém comenta sobre. Continuarei fazendo o que já faço e deixarei os números crescerem", assegurou.
Além de analisar o apelo de seu nome junto aos fãs de MMA e garantir que não fará uso de seu sangue latino para se promover no esporte, Ferguson fez questão de alfinetar Conor McGregor, campeão da divisão dos leves, e se autoproclamar como o verdadeiro dono do cinturão da categoria até 70 kg do Ultimate.
"Eu ganhei esse espaço. Como falei, conquistei isso. Não foi como se eles tivessem me dado . Conquistei isso, cara. Sempre disse que sou o campeão de verdade. Trabalhei duro e só perdi em uma luta que quebrei o braço. Sou um atleta de três esportes: futebol, beisebol e wrestling. Daquele momento até agora, conquistei nove vitórias consecutivas", finalizou o norte-americano.
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