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Rival de Cigano diz estar pronto para o título do UFC: "É tudo ou nada"

Matthew Stockman/AFP
Imagem: Matthew Stockman/AFP

Ag. Fight

26/07/2017 14h06

 

O peso-pesado Francis Ngannou não tem do reclamar sobre o atual momento de sua carreira. Desde que chegou ao UFC, o peso-pesado já acumula cinco vitórias, todas pela via rápida, o que faz com ele que ele já trace planos sobre seu objetivo na divisão. O próximo compromisso será contra Júnior ‘Cigano’, ex-campeão da categoria, no dia 9 de setembro de 2017 no UFC 215, o que não o impediu de relembrar sua trajetória até o topo do MMA mundial.

Recentemente, o lutador de 30 anos se mudou da cidade de Paris para a de Las Vegas, onde o atleta natural de Camarões poderá fortificar e consolidar sua carreira como competidor das artes marciais mistas. Tempos bem diferentes dos que viveu no passado, quando ele escapou da pobreza e da falta de perspectivas em seu país natal e resolveu se aventurar em uma viagem rumo à Europa, há cerca de quatro anos.

“Agora é tudo ou nada. Tudo era muito difícil, eu não tinha emprego, não tinha lugar para viver, não tinha nada. Então, foquei nos treinos  . Me lembro, meu primeiro dia foi um domingo, e logo na segunda-feira já corri atrás.  Olhei para alguns ginásios, encontrei um e a primeira coisa que disse na recepção foi: ‘Quero ver o treinador de boxe’ . Expliquei que me mudei para a Europa, que não tinha dinheiro e nem nenhum lugar para ficar. Não lhe pedi nada, apenas um lugar continuar treinando porque me tornaria o campeão do mundo”, relatou em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight.

A companhia de MMA e Fernand Lopez Owonyebe, o treinador de boxe, deixaram Ngannou mostrar suas habilidades na nobre arte e logo o introduziram as artes marciais mistas. No entanto, em um primeiro momento, o homem que lhes afirmou que seria o melhor do mundo causou estranheza. De acordo com o peso-pesado, eles ficaram sem entender muito bem a situação: ‘Quem é esse cara maluco?’, relembrou.

Eles até ficaram em dúvida, mas deram ao ‘cara maluco’ uma chance. Desde então, Ngannou passou de quem procura um abrigo para quem persegue o topo. Com um cartel de 10 vitórias em 11 lutas e cinco vitórias pela via rápida desde que chegou ao Ultimate, a mão pesada do camaronês – que recentemente conquistou sua primeira finalização – é apontada como a grande promessa em uma divisão que precisa de renovação. E em sua empreitada rumo ao título, mudar para Las Vegas fez-se necessário.

“Las Vegas é a cidade dos esportes de combate. Gosto daqui, me cai bem e é um lugar onde gosto de estar. A razão para ter escolhido aqui é bem simples: existem muitas academias ao meu redor. Vegas é o o melhor lugar para treinar, e agora existem as instalações do UFC. Passei algum tempo analisando o que queria e onde queria treinar, à qual academia gostaria de ir”, analisou.

Após dizer que está se adaptando bem aos treinos no calor desértico do estado de Nevada (EUA), Ngannou explicou por que mudou da Europa para lá sozinho, deixando os treinadores que o levaram para o UFC para trás.

“Os treinadores que tenho em Paris têm a sua vida. Tenho a minha própria e meus sonhos. Não seria fácil para eles. Eles talvez não tenham o mesmo sonho que eu de vir morar na América  com seus filhos ou esposas. É mais fácil para mim”, ponderou.

Agora nos Estados Unidos, Nganoou está disposto a fazer de tudo para se tornar o homem mais temido do mundo, posto que provavelmente será alcançado caso ele conquiste o cinturão peso-pesado do UFC.

“ Me prepararam para estar aberto para o mundo. A vida me preparou para isso. Estou confortável agora”, completou o próximo adversário de Júnior ‘Cigano’.