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Roger Gracie anuncia torneio de despedida do jiu-jitsu

Ag. Fight

18/05/2017 08h00

 

Maior nome da história do jiu-jitsu esportivo com nada menos do que dez títulos mundiais na carreira, Roger Gracie voltará aos tatames depois de mais de dois anos afastado das competições. Sem lutar desde julho de 2015, quando finalizou Rodrigo "Comprido", o veterano fará o seu retorno aos torneios da arte suave no próximo dia 26 de agosto, quando participará do GP Pro League, organizado pela IBJJF. E essa será a despedida do maior vencedor da história da modalidade.

Atual campeão meio-pesado (93 kg) do One Championship, Roger vem se dedicando ao MMA e pretende seguir competindo apenas nessa modalidade depois de se despedir dos tatames. Em conversa com a reportagem da Ag. Fight, o veterano revelou que é quase certo que pendurará o seu quimono após competir no GP Pro League.

"Esse GP provavelmente será muita última luta de jiu-jitsu. Depois disso só lutarei MMA até me aposentar", contou.

Apesar de toda a experiência adquirida depois de quase 15 anos lutando jiu-jitsu profissionalmente, Roger enxerga o seu retorno aos tatames como um dos maiores desafios de sua vitoriosa carreira. Afinal de contas, na visão do veterano, é difícil voltar a competir em altíssimo nível após um tempo afastado do BJJ.

"Esse meu retorno aos tatames será uns dos desafios mais difíceis da minha carreira. Depois de tanto tempo afastado não é fácil voltar à forma antiga. Mas com o tempo que tenho para treinar acredito que voltarei à forma sem problema', declarou.

Com apenas uma participação em torneios de jiu-jitsu desde 2012, Roger continuou acompanhando o esporte de longe e não viu muitas mudanças na modalidade. Na opinião do ex-campeão, cada atleta tem seu ponto forte, mas, no fim das contas, nada de realmente novo surgiu no BJJ durante o seu período afastado.

"Pelo que tenho acompanhado, não acho que mudou muito. Sempre tem uma geração nova vindo e com atletas mais e mais preparados. Cada atleta tem seu estilo diferente mas não tem nada de muito novo”, apontou, antes de sugerir que o seu recorde de títulos nos jiu-jitsu será batido em algum momento. “Cedo ou tarde alguém vai quebrar meus recordes no tatame. O Bochecha está bem próximo disso".

Por fim, o atleta de 35 anos de idade fez questão de ressaltar que não se arrepende das decisões tomadas na carreira –  como a migração para o MMA – e que toda essa experiência contribuiu para sua formação como lutador: “Não me arrependo de nada na minha carreira. Tudo que fiz me levou a ser o atleta que sou hoje. A vida é um aprendizado”.