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Treinador abafa polêmica sobre preparo psicológico de Anthony Johnson

Anthony Johnson é o próximo desafiante ao cinturão de Daniel Cormier - John Locher/AP Photo
Anthony Johnson é o próximo desafiante ao cinturão de Daniel Cormier Imagem: John Locher/AP Photo

31/03/2017 17h26

Famoso por seu poder de nocaute, Anthony Johnson ouviu de Daniel Cormier, adversário que enfrentará novamente no UFC 210 no dia 8 de abril, que seu preparo psicológico não é equivalente a suas habilidades no esporte. Isso porque, na primeira vez em que se enfrentaram, AJ iniciou o combate de forma promissora mas caiu de rendimento e acabou finalizado no terceiro assalto com um mata-leão. No entanto, Henry Hoof, treinador de ‘Rumble’, saiu em defesa do pupilo e garantiu que ele não é alguém que desiste das lutas.

Apesar da fama de não possuir um bom preparo físico, Anthony venceu 12 de seus últimos 13 combates, o que, pelo menos a princípio, demonstra a boa fase que ele vive. E é justamente o retrospecto recente de seu atleta que Hoof usou, em entrevista ao podcast ‘Five Rounds’, para explicar a polêmica em que envolveu seu atleta durante o primeiro confronto contra ‘DC’. Na ocasião, enquanto o atual campeão preparava o estrangulamento que deu números finais à disputa, ‘AJ’ ouvia de seu corner a seguinte instrução: ‘Não desista’.

"Não desista, não quero dizer para não sair da luta. Não acho que AJ seja assim, pois ele não teria chegado tão longe quanto chegou.  Quero dizer para ele não largar posições quando seu oponente sente que ele está ficando mais forte. Muitas pessoas pensam que podem bater no AJ, o que é engraçado. Depois de todos os problemas que ele passou com perda de peso não lutaria mais se fosse alguém que desiste. Ele foi para um pequeno evento em Kansas City (EUA) em que não havia trancas nas portas. Nós tivemos que cortar peso juntos na estrada", relatou o treinador.

Entre as razões usadas para argumentar que AJ não é alguém com psicológico fraco, Hoof citou o problema do atleta com a balança no início de sua carreira. Entre os combates usados pelo treinador para analisar tal situação está a derrota do americano para Vitor Belfort, em janeiro de 2012. De acordo com ele, Rumble não tinha condições de lutar, mas mesmo assim não desistiu de subir ao octógono.

“Quando ele enfrentou o Vitor Belfort, em 2012, normalmente eu não o teria deixado lutar mas era minha primeira vez no corner dele. Ele mal podia andar na noite anterior, não entendo porque o UFC o deixou lutar. AJ só lutou porque tinham 30 mil pessoas no ginásio. Ele não desistiu e deu seu melhor no primeiro round e então ele acabou. Anthony não é alguém que desiste”, completou.