Belfort pede por vaga de executivo no UFC: "Posso gerar muito dinheiro"
Orgulhoso do discurso empreendedor, raro entre os colegas de profissão, Belfort sonha alto. Com 20 anos de dedicação ao esporte, ele garante que saberia como promover ainda mais o crescimento do evento após o pendurar de suas luvas. Mas, para isso, precisaria da confiança dos novos donos do UFC para exercer papel de destaque e liderança no evento, o que, de acordo com sua estimativa, traria retorno financeiro garantido.
“Tenho muitas ideias dentro da organização. Quero ajudar as pessoas”, garantiu em conversa exclusiva com a reportagem da Ag. Fight. “Lá dentro tem muita coisa a ser feita. Acredito muito nessa organização, podemos fazer muita coisa para crescer e melhorar. A tendência é cada vez mais termos executivos que viveram do esporte. Mas tem que estar preparado. Tem visão para isso? Eu tenho muitas ideias e sei que traria muito dinheiro para o UFC. Tem que ter um algo a mais”.
De fato, ao mesmo tempo em que Vitor é lembrado pelos nocautes fulminantes no octógono (recordista histórico no quesito com 12), sua postura fora dele também lhe garantiu episódios únicos. Ao longo dos anos, o ‘Fenômeno’ por vezes tomou a frente em críticas ao UFC, seja quanto ao trato com atletas ou seja por melhorias salariais. Atualmente, porém, a precisão em seu discurso parece dar lado ao barulho de antigos atritos com Dana White.
Questionando as organizações de lutadores em associações – que ele chegou a defender anos atrás -, Vitor pede agora por um executivo com conhecimento do dia a dia do atleta para que necessidades sejam supridas. Talvez de olho nesta ‘vaga’ para si próprio, o carioca apontou, por exemplo, uma falha da jurisdição que afeta unicamente os empregados do UFC.
“Existe uma lei nos EUA que empresas com mais de 50 empregados têm que dar plano de saúde para os funcionários. Eu sou o que do UFC?”, questionou repetidas vezes. “Empregado ou autônomo? Eu tenho liberdade de freelancer? Não, então me vejo como empregado e, mesmo assim, não tenho benefícios que eu possa estender para minha família. Não tenho as regalias, por exemplo, de um diretor do UFC. Os lutadores não estão felizes. Precisamos ter alguém lá dentro, um sindicato seria perda de tempo. Alguém com visão de negócios para gerar recursos”.
Fazendo mistérios sobre seus investimentos, o lutador, que já lançou uma linha própria de açaí, se prepara para inaugurar sua marca de academias fitness nos EUA. Experiência que os anos de dedicação própria na iniciativa privada ao lado da esposa Joana parecem ter lhe garantido. Restaria, então, uma oportunidade no show que ajudou a popularizar.
“Em breve devemos ter uma reunião com os novos donos. Eles sabem de tudo, sabe quem são cada um dos lutadores. Sabem com quem têm que conversar. Mas tenho que esperar o momento, não adianta forçar uma porta. Eles precisam de mim no Brasil. O próprio Lorenzo falou que seria ignorância não me usar no Brasil. Sempre lutei para que estivesse nesse lugar hoje”, finalizou.
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