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Único brasileiro no TUF 25, para Dhiego Lima só título o fará entrar no UFC

17/02/2017 16h35

Dhiego Lima atuou pelo UFC entre os anos de 2014 e 2015 - Diego Ribas

Dhiego Lima atuou pelo UFC entre os anos de 2014 e 2015 – Diego Ribas

A 25ª edição do TUF (reality show do Ultimate) conta apenas com a presença de ex-participantes do programa em seu elenco, e entre os nomes dessa temporada está o de Dhiego Lima, vice-campeão em 2013. O brasileiro, que é radicado nos Estados Unidos há 18 anos, já fez parte do plantel do UFC entre os anos de 2014 e 2015 e terá a chance de reassinar com a companhia. No entanto, ao contrário de outras edições, quando além do campeão outros atletas eram contratados pelo show, o goiano garantiu que apenas o título do programa poderá lhe colocar novamente na organização.

A opinião de Dhiego faz sentido. Afinal, assim como todos os demais participantes, ele não apenas já esteve no UFC, mas foi demitido após acumular apenas um vitória nos quatro combates realizados. E na tentativa de não repetir os erros do passado e prolongar sua vida na organização caso seja contratado novamente, o brasileiro já tem uma solução: não fazer as vontades do UFC.

“Já lutei no UFC antes né, e se não ganhar esse show será muito difícil deles assinarem. O negócio é ganhar isso tudo, pois ter estado aqui antes não ajudará muito. O negócio é vencer, chegar na final e continuar. Não perder e não aceitar uma luta atrás da outra, ser mais experiente, sabe? Fazer do meu jeito, porque da última vez fiz do jeito deles. Eu não estava nem aí, aceitava qualquer luta. Focar na carreira, sou experiente mas tenho só 28 anos. Agora é cuidar de mim e não ouvir mais o que eles falarem”, relatou em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight em Las Vegas (EUA).

Mas para chegar ao título, o atleta de 28 anos poderá ter pela frente nomes conhecidos do Ultimate como Joe Stevenson, ex-desafiante ao título dos leves (70 kg) e Eddie Gordon, justamente seu algoz na final do TUF 19, em 2014. No entanto, o brasileiro garantiu que isso, ao invés de atrapalhar, o tranquiliza ainda mais em seu prosseguimento no programa.

“Facilita, né (já ter participado do TUF). Você chega na casa e está todo mundo mais tranquilo dessa vez, não existe a pressão de saber quem estará na casa. Todos se conhecem e isso facilita bem mais. Ficar preso dentro da casa fica mais fácil, até porque já fizemos isso”, analisou.

E após apontar para seu planos no Ultimate e para o reality show, o brasileiro relembrou ter ingressado tarde no mundo das lutas. Dhiego, que se mudou ainda criança para os Estados Unidos, passou a se dedicar às artes marcais apenas aos 18 anos, assim que terminou o ensino-médio no país. E sob a influência de seu irmão, optou pela arte-suave.

“Vim pra cá quando eu tinha 10 anos. Meu pai e minha mãe conheciam um amigo aqui, e a intenção era dar uma melhor vida para mim e para meu irmão, porque a situação estava difícil no Brasil na época. Volto de vez em quando (ao Brasil), mas minha esposa é americana e eu tenho três filhos, então fica um pouco caro. Comecei nas artes marciais com 18 anos seguindo o exemplo do meu irmão que na época treinava com o Júnior e o Raphael Assunção. Depois que acabei a escola, fui para o jiu-jitsu e estamos aí até hoje”, completou.

Confira abaixo o vídeo da entrevista: