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Justiça italiana confirma condenação de Robinho a 9 anos de prisão por estupro(advogado)

19/01/2022 14h06

Roma, 19 Jan 2022 (AFP) - O Tribunal de Cassação, última instância judicial na Itália, confirmou nesta quarta-feira (19) a sentença de nove anos de prisão para o jogador brasileiro Robson de Souza, 'Robinho', por estupro em grupo cometido em Milão em 2013, informou o advogado da vítima.

Os juízes da terceira seção criminal, reunidos em Roma, "consideraram que o recurso interposto pelo jogador era inadmissível e que, portanto, a sentença é definitiva", informou a jornalistas o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi.

"Um total de quinze magistrados italianos consideraram que as acusações foram amplamente comprovadas. Nosso desejo é que o Brasil cumpra a sentença", ressaltou.

Robinho, que jogava pelo Milan na época, não compareceu a nenhuma das audiências, foi condenado à revelia e se defendeu por meio de um advogado.

Para o advogado da vítima, que compareceu à audiência em Roma junto com sua cliente, é necessário que as pessoas que participaram do estupro coletivo, quatro amigos brasileiros do jogador, também sejam processadas.

"O desejo da minha cliente é que a justiça seja feita", disse ele.

"Ela está emocionada e pediu para não dar declarações", explicou.

O atacante brasileiro de 37 anos, juntamente com seu amigo Ricardo Falco, foi condenado em 2017 em primeira instância pelo tribunal de Milão a nove anos de prisão por violência sexual grupal contra uma jovem albanesa que comemorava seu 23º aniversário em um conhecido local de Milão.

De acordo com a denúncia, Robinho, juntamente com outros cinco compatriotas, fez a jovem beber "a ponto de deixá-la inconsciente e incapaz de resistir" e depois teve "relações sexuais várias vezes seguidas" com ela.

Em dezembro de 2020, a Corte de Apelação de Milão confirmou a sentença para Robinho e considerou que o jogador agiu com "desprezo especial pela vítima, que foi brutalmente humilhada", diz a sentença no caso.

Em todos esses anos, Robinho defendeu sua inocência e apresentou recursos contra a decisão, até chegar à terceira e última instância nesta quarta-feira.

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