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'Economicamente falando, teria sido vantajoso vender Messi", diz dirogente do Barça

03/12/2020 19h15

Barcelona, 3 dez 2020 (AFP) - O presidente da comissão de gestão do Barcelona, Carles Tusquets, afirmou nesta quarta-feira que "economicamente teria sido vantajoso" vender Messi no meio deste ano, em entrevista à rádio catalã Rac1.

"Economicamente falando, se tivéssemos vendido Messi no verão (no hemisfério norte), economicamente, teria sido vantajoso", disse Tusquets, quando questionado se teria negociado a estrela argentina na última janela de transferência.

"LaLiga (entidade que organiza o Campeonato Espanhol) está exigindo tetos salariais e isso teria ajudado", acrescentou Tusquets, esclarecendo que "isso é algo com que a comissão técnica teria de concordar".

Tusquets reiterou que "a situação econômica do clube é preocupante, terrível, mas com esperança".

O dirigente, que está à frente do Barça desde a demissão do presidente Josep Maria Bartomeu em outubro, já havia declarado há um mês que "para equilibrar o orçamento temos que fazer um esforço de cerca de 300 milhões de euros (348 milhões de dólares)".

Para reduzir as despesas, foi feito um acordo com os jogadores para adequar os salários à atual situação de crise provocada pela pandemia de covid-19, o que "nos permite terminar a temporada sem problemas de caixa", destacou.

"O que fizemos com os salários dos jogadores vai significar o valor de 4 ou 5% do orçamento anual do clube por quatro anos", explicou Tusquets na Rac1.

"Houve uma parte do corte salarial que foi acordado com o presidente Bartomeu e o que fizemos foi adiar a maior parte, cerca de 170 milhões, por quatro temporadas", disse.

"No mês de janeiro, a folha de pagamento dos jogadores não poderá ser paga. Em janeiro os jogadores não receberão, nada acontece. Os jogadores têm dois pagamentos importantes em janeiro e em julho. Isso foi adiado, como os bônus pela conquista de títulos também", lembrou Tusquets.

O dirigente também deixou claro que "se puder vender alguém, será possível fazer contratações", e praticamente rejeitou a volta de Neymar.

"Se vier de graça, pode ser analisado, mas se não houver uma venda não teremos dinheiro para contratar. Neste momento seria inacessível, a menos que o próximo presidente (a ser escolhido em 24 de janeiro) tenha um milagre nas mãos", concluiu.

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