Sob ameaça do novo coronavírus, MLS retoma atividades com torneio na Disney
Apesar da ameaça do coronavírus, que forçou a saída de uma equipe e a ausência de nomes de peso como Carlos Vela, a liga de futebol norte-americana retomará a competição com o torneio 'MLS is Back' na Disney World, em Orlando, na Flórida.
A MLS teve que suspender a temporada em meados de março, com somente duas rodadas disputadas. Agora, é uma das primeiras competições a retomar as atividades, adiantando-se à NBA e à MLB, que ficarão atentas ao desempenho do futebol em meio à pandemia.
Sem saber quando a temporada poderia ser retomada em seus estádios, a MLS optou, como a NBA, por minimizar os riscos de contaminação concentrando 26 equipes numa mesma sede, o complexo esportivo da Disney World, para disputar com portões fechados um torneio de cinco semanas com formato similar ao da Copa do Mundo.
Diante da possível ausência de espectadores até o fim da temporada, o que significaria um prejuízo econômico na casa do bilhão de dólares, a MLS apostou todas as fichas na criação de uma "bolha" de segurança na Disney, onde a liga realiza diariamente centenas de exames de detecção de coronavírus em jogadores e funcionários.
Até ontem, pelo menos 16 dos mais de 550 jogadores instalados no hotel de concentração testaram positivo para o novo coronavírus, uma porcentagem baixa, mas que provocou a desistência de uma equipe (FC Dallas) e o possível abandono de outra (Nashville SC).
O FC Dallas, que deixou o torneio na segunda-feira (06), teve 10 jogadores contaminados, enquanto o Nashville detectou cinco casos e realiza testes adicionais em outros quatro atletas antes de tomar uma decisão.
Nos arredores da Disney World, a situação sanitária vem se deteriorando nas últimas semanas, com o grande aumento de casos de covid-19 na Flórida, onde foram registrados mais de 100 mil novas contaminações desde 19 de junho.
Após a saída do FC Dallas, o comissário da MLS, Don Garber, garantiu estar convencido de que as condições na Disney World são seguras e que o torneio será organizado como previsto.
A porcentagem de jogadores contaminados "agora mesmo é extremamente baixa", declarou Garber à ESPN. "Os jogadores que estão lá (em Orlando) estão a salvo, estão cômodos, treinando, comendo, se divertindo. Estão fazendo coisas de acordo com nossos protocolos: usam máscaras, estão socialmente distantes. Estão lidando com suas vidas em uma bolha", acrescentou.
Na terça-feira, vários técnicos apoiaram a liga e expressaram confiança nos protocolos adotados na concentração.
"Embora não possa entrar na mente deles, não vejo meus jogadores preocupados. A situação parece boa neste momento", declarou o holandês Frank de Boer, técnico do Atlanta United.
Focado na preparação para o torneio, o francês Thierry Henry, técnico do Montreal Impact, reconheceu que seus atletas têm que lidar "com uma situação que não é comum".
"Todos sabemos que não é a condição ideal, mas tentamos preparar os jogadores da melhor maneira possível tanto física como mentalmente", afirmou.
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