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Boxeador Anthony Joshua pede que 'vírus' do racismo seja combatido

O boxeador Anthony Joshua comparece a evento em Londres em fevereiro de 2020 - David M. Benett/Dave Benett/Getty Images
O boxeador Anthony Joshua comparece a evento em Londres em fevereiro de 2020 Imagem: David M. Benett/Dave Benett/Getty Images

em Londres (Inglaterra)

06/06/2020 20h04

O britânico Anthony Joshua, campeão dos pesos pesados da Associação Mundial (AMB), da Federação Internacional (FIB) e da Organização Mundial de Boxe (OMB), declarou hoje, durante uma marcha do Black Lives Matter no Reino Unido, que os manifestantes representam a "vacina" contra o "vírus" do racismo.

"O vírus ao qual me refiro se chama racismo", declarou o boxeador, fazendo um paralelo com a atual pandemia da covid-19. "Durante quanto tempo vamos deixar o racismo se espalhar entre nossas comunidades?", perguntou ele.

Manifestações em todo o mundo ocorreram neste sábado em memória da morte de George Floyd, um homem afro-americano que foi assassinado por um policial branco, que o imobilizou apoiando o joelho sobre seu pescoço, durante uma operação no final de maio em Mineápolis, nos Estados Unidos.

"Vocês são a vacina, eu sou a vacina", disse Joshua, de 30 anos, durante um protesto em Watford, sua cidade natal inglesa.

"Matar uma pessoa é imperdoável, mas privá-la de seus direitos, oprimindo-a, rindo dela, insultando-a, colocando tetos de vidro... é apenas uma maneira mais lenta de matá-la e tirar a vida de sua alma", avaliou o boxeador.

Durante essa manifestação, Joshua foi visto usando uma joelheira e se locomovendo em certas ocasiões com muletas, mas segundo um de seus porta-vozes era apenas uma "medida de precaução".

O campeão sentiu "uma leve pontada" no joelho esquerdo durante o treino no início desta semana, explicaram pessoas próximas, pedindo calma sobre sua condição física.

Joshua deveria defender seu cinturão contra Kubrat Pulev no estádio do Tottenham, em Londres, no dia 20 de junho, mas a luta foi adiada devido à pandemia de coronavírus.