Renault garante que segue na Fórmula 1 apesar de seu plano de cortes
Paris, 29 Mai 2020 (AFP) - A presença da montadora francesa Renault na Fórmula 1 não foi questionada pelo plano de economia apresentado nesta sexta-feira, anunciou sua CEO em exercício, Clotilde Delbos.
"Dissemos publicamente e confirmamos que ainda estamos comprometidos com a Fórmula 1", disse Delbos em entrevista coletiva por telefone para comentar o plano de cortes que é acompanhado pela eliminação de 15.000 empregos, 4.600 deles na França.
"O anúncio de uma nova regulamentação sobre o teto de custos (na Fórmula 1) é muito bom para nós", disse a diretora, lembrando que outras equipes estavam investindo muito dinheiro.
"Portanto, estamos e continuamos na Fórmula 1", garantiu ela.
A Fórmula 1 decidiu limitar o teto de gastos anuais a US$ 145 milhões em 2021 e US$ 140 milhões em 2022, com uma queda adicional para US$ 135 milhões em 2023-2025, com base em uma temporada de 21 corridas.
A Renault voltou à Fórmula 1 em 2016 depois de se retirar em 2010.
Atualmente, a marca fornece seus próprios motores a seus carros, assim como os dois da McLaren, mas este último construtor terá passará a receber motores da Mercedes no próximo ano.
A Renault só conseguiu terminar em quinto no Mundial de 2019, sendo superada pela McLaren.
A escuderia francesa não conseguiu vencer nenhum grande prêmio desde seu retorno, sendo que sua melhor classificação final no Mundial desde então foi um quarto lugar em 2018.
O francês Esteban Ocon e o australiano Daniel Ricciardo são seus dois pilotos, mas este último decidiu se juntar à McLaren a partir de 2021. A Renault ainda não anunciou seu substituto.
A temporada de Fórmula 1 de 2020 ainda não foi iniciada devido à pandemia de coronavírus, mas fala-se da possibilidade de começar no início de julho.
"Um cronograma deve ser apresentado na próxima semana e esperamos começar em julho. Os restaurantes serão reabertos (na França) e a Fórmula 1 será retomada", disse Cyril Abiteboul, CEO da Renault.
"Entre os pilotos, houve anúncios na Ferrari (com a saída de Sebastian Vettel e a chegada de Carlos Sainz Jr) e na McLaren (com a contratação de Daniel Ricciardo). Mas não é nosso cronograma e o essencial era, acima de tudo, garantir as bases de nossa presença de longo prazo na Fórmula 1", acrescentou.
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