Juiz paraguaio concede prisão domiciliar a Ronaldinho Gaúcho
Asunción, 7 Abr 2020 (AFP) - Um juiz paraguaio concedeu prisão domiciliar ao ex-craque Ronaldinho Gaúcho, que deverá continuar a responder o processo por uso de passaporte adulterado no Paraguai em um hotel em Assunção, informaram fontes judiciais nesta terça-feira.
"A medida alternativa corresponde a Ronaldinho e seu irmão e a continuação de sua prisão em um hotel. Tenho o registro da aceitação dos gerentes do hotel para que, às suas próprias custas, permaneçam em prisão domiciliar lá", disse o juiz Gustavo Amarilla em uma coletiva de imprensa.
Ronaldinho cumpriu um mês de prisão na segunda-feira na Agrupação Especializada de Assunção. A medida também beneficia o irmão Roberto de Assis Moreira.
Os advogados de defesa pagaram fiança no valor de 1,6 milhão de dólares para os dois brasileiros.
Amarilla, juiz garantista, aceitou a quantia oferecida e ordenou a libertação do ex-craque do futebol mundial da prisão.
Devido à epidemia de coronavírus, o juiz comunicou sua decisão ao acusado por celular na presença do promotor e da defesa.
Ronaldinho chegou em 4 de março e foi recebido com entusiasmo por cerca de duas mil crianças e adolescentes no Aeroporto Internacional de Assunção, com uma agenda destinada a ajudar crianças desamparadas por meio de uma fundação chamada Fraternidade Angelical.
Ao chegar ao terminal, ele e seu irmão e um empresário brasileiro que os acompanhava mostraram passaportes paraguaios reais, mas com conteúdo falso, às autoridades de imigração. A pena deve chegar a cinco anos de prisão.
Ambos alegaram que os documentos lhes foram entregues de presente pela empresária que os convidou para vir ao Paraguai, chefe da fundação humanitária, até o momento foragida.
Pela causa, outras 14 pessoas foram indiciadas e forçaram a renúncia do diretor de Migração.
A investigação tributária busca determinar em que contexto os documentos falsificados foram emitidos e qual o objetivo de seu uso no Paraguai, ambos tendo processado sua própria documentação brasileira.
O juiz Gustavo Amarilla anunciou que Ronaldinho e seu irmão vão ficar em um hotel na rua central de Palma de Assunção.
O ex-jogador da seleção brasileira fez 40 anos no dia 21 de março, quando estava preso na capital paraguaia.
hro/ol/aam
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