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Fifa "não apoia nenhum projeto" de Superliga fechada, afirma Infantino

Dirigente negou diálogos sobre superliga, mas despistou sobre conversas com Real Madrid - Rhona Wise/AFP
Dirigente negou diálogos sobre superliga, mas despistou sobre conversas com Real Madrid Imagem: Rhona Wise/AFP

Da AFP, em Bruxelas (Bélgica)

11/12/2019 12h53

A Fifa "não apoia nenhum projeto" de Superliga fechada como a defendida pelo presidente do Real Madrid, mas dialoga com todas as partes, declarou hoje o presidente da entidade que rege o futebol mundial, Gianni Infantino, em visita a Bruxelas.

Segundo o jornal The New York Times, o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, propôs, com o apoio de Infantino, criar duas divisões com 20 equipes das cinco maiores ligas europeias (Espanha, Inglaterra, Alemanha, França e Itália). Clubes de outros países também seriam convidados, como o Ajax, da Holanda, e o Porto, de Portugal.

Esta liga continental fechada, com um sistema de rebaixamento/acesso entre as duas divisões, garantiria jogos espetaculares e grandes remunerações, em detrimento aos campeonatos nacionais, que ficariam sem seus grandes clubes.

"A Fifa não apoia nenhum projeto", respondeu Infantino ao ser questionado sobre a matéria do The New York Times. "A Fifa é uma organização aberta, democrática, uma organização com a qual se pode conversar sobre todos os temas (...) Conversamos com todos, mas quando tivermos algo de concreto a apresentar, o faremos", completou.

Perguntado sobre a existência de conversas entre a Fifa e o Real Madrid especificamente sobre este projeto, o dirigente suíço respondeu: "Conversamos com todo mundo e sobre tudo".

A ideia de uma liga fechada, que regularmente volta a ser debatida, foi denunciada na terça-feira pela associação de ligas europeias de futebol, que se declaram "cansadas das ameaças procedentes de alguns clubes ricos".

"O futebol profissional de clubes não é uma atividade econômica privada, reservada para alguns escolhidos somente pelo tamanho de suas bilheterias", afirmaram.

Este projeto também foi criticado pelo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, que o considera uma ameaça à Liga dos Campeões.

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