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Presidente do River Plate diz que dar título ao Boca seria "traição"

REUTERS/Marcos Brindicci
Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci

em Buenos Aires (Argentina)

26/11/2018 14h32

O presidente do River Plate, Rodolfo D'Onofrio, disse que considerará uma "traição" se o Tribunal de Disciplina da Conmebol der o título da Copa Libertadores ao rival Boca Juniors.

"Não existe nenhuma possibilidade de darem o jogo por vencido ao Boca. Se acontecer será uma vergonha absoluta e total, uma das maiores traições que alguém pode fazer", disse D'Onofrio ao canal América.

Assim como Daniel Angelici, presidente do Boca, o dirigente do River se reunirá com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, nesta terça-feira (27). A conversa pode ajudar a definir o que será feito com o jogo de volta.

D'Onofrio acusou o rival de ter traído sua palavra por ter recorrido ao tribunal depois de ambos assinarem uma ata em que se comprometiam a jogar a partida posteriormente.

No sábado, torcedores do River Plate utilizaram pedras e gases para agredir o ônibus do rival na chegada ao estádio Monumental de Núñez. O capitão Pablo Pérez e outros jogadores do Boca foram feridos por dos cacos da janela quebrada e dos artefatos que entraram no ônibus.

"Quero que Angelici defenda pessoalmente seus argumentos. O que aconteceu que agora mudou tudo?", questionou D'Onofrio. Ídolo argentino, Diego Maradona espera que o Boca seja considerado campeão.

Em sua apresentação à Conmebol, o Boca Juniors se baseia nos antecedentes de 2015, quando foi desqualificado das oitavas de final da Libertadores após agressão aos jogadores do River na Bombonera.

"A diferença entre este fato e o gás de pimenta na Bombonera é que naquela vez foi dentro do estádio e contra os jogadores no intervalo. Isso aconteceu fora do círculo do River. Os gases, que foram lacrimogêneos, não foram atirados pelos torcedores do River, mas pela segurança", argumentou D'Onofrio.

"O Boca jogou em seu estádio, agora o River tem o direito de jogar a revanche em casa. A segurança deve nos dar a garantia que assim seja. Imagino que na terça-feira Domínguez colocará o dia e a hora em que o jogo será realizado no Monumental", disse o presidente.