Movimento feminista encorajou suposta vítima de Cristiano Ronaldo a falar

O movimento feminista "Me Too" ("Eu também", em tradução literal) encorajou a denúncia da mulher que afirma ter sido estuprada por Cristiano Ronaldo em 2009 nos Estados Unidos.
"O movimento Me Too e as mulheres que se colocaram de pé e revelaram agressões sexuais deram a Kathryn (Mayorga) muita coragem, e permitiu a ela apresentar essa denúncia civil", disse o seu advogado, Leslie Stovall, em entrevista coletiva em Las Vegas.
Perguntado sobre por que sua cliente não compareceu à entrevista coletiva, Stovall afirmou que "ela decidiu não se colocar à disposição da mídia e do público devido ao seu estado emocional". "Isso não é agradável para ela", completou.
Em um comunicado entregue aos jornalistas durante a entrevista, os advogados informaram que desde o suposto ataque sexual, em 2009, ela teria sofrido de "depressão, pensamentos intrusivos, considerou suicídio, abusou do consumo de álcool e teve dificuldades para manter relacionamentos pessoais e empregatícios".
"Tem sido muito difícil para ela. Ela sofre com doenças com pensamentos intrusivos. Ela tem diversos problemas. Os últimos oito, nove anos têm sido muito difíceis para ela", colocou o advogado. "Ela está se submetendo a terapia de maneira ativa e as pessoas que estão trabalhando com ela estão apoiando muito. Ela conseguirá superar tudo isso."
Em nota lida na coletiva, a advogada Larissa Drohobyczer, do mesmo escritório de Stovall, declarou que os documentos obtidos do Football Leaks seriam evidências do suposto caso de abuso cometido por Cristiano Ronaldo. "Stovall and Associates entregou esses documentos ao Departamento da Polícia Metropolitana de Las Vegas para avaliar a investigação sobre ataque sexual de 2009 e pediu uma investigação separada por obstrução de justiça", completou.
Stovall ainda declarou que, caso sua cliente vença o processo criminal contra Cristiano Ronaldo, ela abrirá mão dos US$ 375 mil (R$ 1,435 milhão) que recebeu para manter sigilo sobre o caso em 2010.
Aos advogados, Myorga alegou que foi pressionada a assinar o acordo no ano seguinte ao suposto estupro. No processo atual, ela procura receber em torno de US$ 200 mil (R$ 780 mil) em multas e prejuízos. Ainda que casos de estupro possam ser punidos com detenção, em nenhum momento durante a coletiva os advogados expressaram desejo de colocar Cristiano Ronaldo na penitenciária.
Perguntado sobre a declaração de Ronaldo nas redes sociais, que tratou a acusação como "fake news", Stovall disse que "evidências físicas, respostas para perguntas escritas e as circunstâncias ao redor do suposto acordo não são fake news".
Stovall também afirmou que teve acesso a documentos que provariam que, em conversa com seus advogados, Ronaldo teria dito que ouviu a vítima dizer "não" e "pare" durante o ato, que ele afirma ter sido consensual.
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