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CR7 marca e acaba com sonho do bicampeonato mundial do Grêmio

16/12/2017 19h08

Abu Dhabi, 16 dez 2017 (AFP) - Um gol de falta de Cristiano Ronaldo deu ao Real Madrid a vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio e o título do Mundial de Clubes da Fifa, neste sábado em Abu Dhabi, acabando com o sonho do Tricolor gaúcho de conquistar o bicampeonato do mundo.

O Real se tornou a primeira equipe a ganhar duas vezes seguidas o Mundial de Clubes desde que a Fifa começou a organizar a competição em 2000, somando um terceiro título em quatro anos, após 2014 e 2016.

O gol da vitória do Real veio em bola parada, numa cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, aos 8 minutos do segundo tempo, aproveitando um buraco na barreira montada pelo Grêmio.

"Fizemos uma grande partida, muito completa e muito séria. Estou muito feliz com a equipe. Estávamos focados desde o início e a vitória foi merecida", analisou o técnico do Real, o francês Zinedine Zidane.

Cristiano Ronaldo, recém-premiado com sua quinta Bola de Ouro de melhor jogador do mundo, marcou seu sétimo gol em Mundiais, um recorde da competição no molde atual de disputa. O lendário Pelé, do Santos, também marcou sete gols em Mundiais quando a competição ainda era denominada Copa Intercontinental.

CR7 chegou a balançar as redes uma segunda vez na partida aos 12 minutos do segundo tempo, mas o lance foi anulado por suposto impedimento do francês Karim Benzema, que participou do lance.

Com a derrota do Grêmio diante do gigante madrilenho, o Brasil segue sem ganhar um Mundial desde o feito do Corinthians em 2012, quando os comandados de Tite derrotaram o Chelsea por 1 a 0 na final do torneio.

"O Grêmio infelizmente perdeu. Jogamos contra jogadores muito bons. Estamos tristes, mas conquistamos muito esse ano. Eles jogaram muito bem e merecem a vitória", admitiu o técnico Renato Portaluppi.

Somando Mundiais de Clubes e Intercontinentais, a Espanha alcançou o Brasil como países com maior número de títulos, 10 cada.

Para o Real, o Mundial encerra um ano em que o clube conquistou cinco títulos, um recorde.

- Superioridade espanhola -O técnico Zinedine Zidane escalou o que tinha de melhor para enfrentar o Grêmio pelo título mundial, deixando apenas o galês Gareth Bale no banco como opção para o segundo tempo.

Já Renato Portaluppi apostou na mesma formação que fez jogo duro com o Pachuca (1-0), na semifinal, com um meio de campo numeroso na esperança de pressionar os armadores do Real.

Não deu certo. o Real assumiu o controle da partida desde o início, com Luka Modric e Toni Kroos distribuindo as jogadas com eficiência.

Apesar do domínio na posse de bola, faltava contundência ao Real para transformar a superioridade em gols, o que permitiu ao Grêmio voltar para o vestiário no intervalo com um valioso empate sem gol.

Após o descanso, o panorama da partida seguiu o mesmo. Mas, desta vez, um apagado Cristiano Ronaldo resolveu o jogo com sua categoria.

Aos 8 minutos, o cinco vezes melhor do mundo recebeu na entrada da área, balançou na frente de Jaílson e sofreu falta. Ele mesmo cobrou e, aproveitando um vacilo dos homens da barreira, que abriu, colocou a bola no cantinho do gol de Marcelo Grohe.

CR7 ainda chegou a marcar um segundo gol logo em seguida, aos 12 minutos, em belo voleio após receber passe de cabeça de Karim Benzema, mas o árbitro acabou anulando o lance por impedimento do francês, que parecia estar um posição legal.

Apesar do gol, o Grêmio não conseguiu mostrar a mesma força de toda uma temporada em que o time se caracterizou por assumir o controle das partidas.

Contra o Real, o Tricolor pouco agrediu, relaxou na marcação nos minutos finais e só não sofreu mais gols pela falta de pontaria dos atacantes merengues e pela ótima partida do zagueiro e capitão Geromel, que não perdeu um lance na defesa gaúcha.

Luka Modric, eleito o melhor jogador do Mundial de Clubes, chegou a acertar a trave de Grohe aos 19, enquanto Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, que entrou no segundo tempo, tiveram seus chutes defendidos pelo goleiro do Grêmio, aos 36 e 37 minutos.

Nos minutos finais, os merengues valorizaram a posse de bola com toques envolventes até o apito final, quando puderam comemorar com justiça mais um título mundial.

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