Putin diz que Rússia não vai boicotar Olimpíadas de Inverno-2018
Moscou, 6 dez 2017 (AFP) - O presidente Vladimir Putin denunciou, nesta quarta-feira, que a exclusão da Rússia nos Jogos Olímpicos de Inverno-2018 é uma decisão motivada politicamente, apesar de indicar que o país não vai boicotar a competição realizada em Pyeongchang, entre os dias 9 e 25 de fevereiro.
"Tem cara de ser uma decisão fabricada e motivada politicamente. Nós vemos assim e não tenho nenhuma dúvida sobre isso", declarou Putin, citado pela agência pública RIA Novosti, um dia depois do Comitê Olímpico Internacional (COI) suspender a Rússia de Pyeongchang-2018 por doping institucionalizado.
Ainda assim, o COI vai permitir a participação dos atletas russos limpos sob bandeira olímpica, desde que respeitem determinadas condições.
Para esta decisão, Putin garantiu que a Rússia não vai impedir que seus atletas disputem as Olimpíadas.
"Sem a menor dúvida, não vamos colocar nenhum impedimento. Não vamos atrapalhar nossos atletas participarem" nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang, declarou Putin.
"O importante é que nas conclusões da Comissão executiva do COI está escrito que não houve nenhum sistema governamental de apoio ao doping. É uma conclusão importante", acrescentou o presidente russo, questionando os motivos dos atletas russos serem proibidos de participar com a bandeira do país.
"Condenem somente aqueles que sejam culpados. E se não houve apoio governamental, porque proibir participar com nossos símbolos nacionais? É uma grande pergunta", indicou.
O presidente do COI, o alemão Thomas Bach, comemorou a postura de Putin e se mostrou esperançoso em relação à situação dos atletas do país.
"Espero e estou confiante que os atletas 'limpos' vão aproveitar essa oportunidade para fazer parte dos próximos Jogos Olímpicos e representar uma nova geração de atletas 'limpos'", declarou Bach.
Em suas conclusões, o COI também anunciou o banimento do vice-primeiro-ministro russo Vitali Mutko, encarregado dos esportes no país e ministro de Esportes durante os Jogos de Sochi. Mutko é o homem forte do Mundial 2018.
"Nunca dei a ordem, por exemplo, para o ministério de Esportes ou outras organizações ganharem os Jogos. Nunca houve esta missão", declarou Putin.
- Bandeira russa no encerramento -Nesta quarta-feira, um porta-voz do COI confirmou que os atletas da Rússia poderão eventualmente desfilar com a bandeira do país na cerimônia final da competição. Para isso, precisaria respeitar todas as decisões tomadas pela entidade.
"Se os russos respeitarem todas as decisões anunciadas na terça-feira, é possível que possam voltar a encontrar seus direitos", declarou Mark Adams, porta-voz do COI.
Se a suspensão do Comitê Olímpico Russo for levantada, o que pode acontecer no momento da cerimônia de fechamento dos Jogos de Pyenogchang, em 25 de fevereiro, os atletas poderão desfilar atrás da bandeira russa e com seus uniformes.
Os atletas russos limpos poderão participar do torneio com uniformes fornecidos pelo Comitê de Organização dos Jogos, precisou o COI.
Nos Jogos de Sochi-2014, o comitê olímpico da Índia havia sido suspenso e os atletas desfilaram atrás da bandeira olímpica na cerimônia de abertura. No fechamento, a delegação indiana desfilou atrás da bandeira do país após a suspensão ser levantada.
- "Não ceder às emoções" -O Palácio do Kremlin se posicionou, nesta quarta, e pediu para o país "não ceder às emoções" após a decisão do COI, que indignou o mundo esportivo e político russo.
"A situação é séria. Neste momento, não dá para ceder às emoções, evidentemente. É preciso analisar com atenção a decisão do COI", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Moscou vai "estudar vários pontos com o COI" e esperar a próxima reunião do Comitê Olímpico Russo (ROC), prevista para o dia 12 de dezembro: "sacar conclusões antes disso é prematuro", acrescentou.
Após a decisão do COI, vários deputados e senadores disseram que seria humilhante para o país que os atletas russos participassem sob bandeira olímpica.
Questionado sobre a possibilidade de punir Vitali Mutko na Rússia, Peskov respondeu que "este tema não é uma questão prioritária. A prioridade é defender os atletas russos, tarefa que exige concentrar nossos esforços".
Esta decisão, tomada por motivos esportivos, é inédita na história olímpica e acontece no momento em que a Rússia é acusada de ter colocado em prática um esquema de doping institucionalizado entre 2011 e 2015, em particular durante os Jogos Olímpicos de Inverno-2014, que o país sediou em Sochi.
tbm-mp/nm/mcd-psr/am
"Tem cara de ser uma decisão fabricada e motivada politicamente. Nós vemos assim e não tenho nenhuma dúvida sobre isso", declarou Putin, citado pela agência pública RIA Novosti, um dia depois do Comitê Olímpico Internacional (COI) suspender a Rússia de Pyeongchang-2018 por doping institucionalizado.
Ainda assim, o COI vai permitir a participação dos atletas russos limpos sob bandeira olímpica, desde que respeitem determinadas condições.
Para esta decisão, Putin garantiu que a Rússia não vai impedir que seus atletas disputem as Olimpíadas.
"Sem a menor dúvida, não vamos colocar nenhum impedimento. Não vamos atrapalhar nossos atletas participarem" nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang, declarou Putin.
"O importante é que nas conclusões da Comissão executiva do COI está escrito que não houve nenhum sistema governamental de apoio ao doping. É uma conclusão importante", acrescentou o presidente russo, questionando os motivos dos atletas russos serem proibidos de participar com a bandeira do país.
"Condenem somente aqueles que sejam culpados. E se não houve apoio governamental, porque proibir participar com nossos símbolos nacionais? É uma grande pergunta", indicou.
O presidente do COI, o alemão Thomas Bach, comemorou a postura de Putin e se mostrou esperançoso em relação à situação dos atletas do país.
"Espero e estou confiante que os atletas 'limpos' vão aproveitar essa oportunidade para fazer parte dos próximos Jogos Olímpicos e representar uma nova geração de atletas 'limpos'", declarou Bach.
Em suas conclusões, o COI também anunciou o banimento do vice-primeiro-ministro russo Vitali Mutko, encarregado dos esportes no país e ministro de Esportes durante os Jogos de Sochi. Mutko é o homem forte do Mundial 2018.
"Nunca dei a ordem, por exemplo, para o ministério de Esportes ou outras organizações ganharem os Jogos. Nunca houve esta missão", declarou Putin.
- Bandeira russa no encerramento -Nesta quarta-feira, um porta-voz do COI confirmou que os atletas da Rússia poderão eventualmente desfilar com a bandeira do país na cerimônia final da competição. Para isso, precisaria respeitar todas as decisões tomadas pela entidade.
"Se os russos respeitarem todas as decisões anunciadas na terça-feira, é possível que possam voltar a encontrar seus direitos", declarou Mark Adams, porta-voz do COI.
Se a suspensão do Comitê Olímpico Russo for levantada, o que pode acontecer no momento da cerimônia de fechamento dos Jogos de Pyenogchang, em 25 de fevereiro, os atletas poderão desfilar atrás da bandeira russa e com seus uniformes.
Os atletas russos limpos poderão participar do torneio com uniformes fornecidos pelo Comitê de Organização dos Jogos, precisou o COI.
Nos Jogos de Sochi-2014, o comitê olímpico da Índia havia sido suspenso e os atletas desfilaram atrás da bandeira olímpica na cerimônia de abertura. No fechamento, a delegação indiana desfilou atrás da bandeira do país após a suspensão ser levantada.
- "Não ceder às emoções" -O Palácio do Kremlin se posicionou, nesta quarta, e pediu para o país "não ceder às emoções" após a decisão do COI, que indignou o mundo esportivo e político russo.
"A situação é séria. Neste momento, não dá para ceder às emoções, evidentemente. É preciso analisar com atenção a decisão do COI", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Moscou vai "estudar vários pontos com o COI" e esperar a próxima reunião do Comitê Olímpico Russo (ROC), prevista para o dia 12 de dezembro: "sacar conclusões antes disso é prematuro", acrescentou.
Após a decisão do COI, vários deputados e senadores disseram que seria humilhante para o país que os atletas russos participassem sob bandeira olímpica.
Questionado sobre a possibilidade de punir Vitali Mutko na Rússia, Peskov respondeu que "este tema não é uma questão prioritária. A prioridade é defender os atletas russos, tarefa que exige concentrar nossos esforços".
Esta decisão, tomada por motivos esportivos, é inédita na história olímpica e acontece no momento em que a Rússia é acusada de ter colocado em prática um esquema de doping institucionalizado entre 2011 e 2015, em particular durante os Jogos Olímpicos de Inverno-2014, que o país sediou em Sochi.
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