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PSG goleia Anderlecht e vai às oitavas da Champions; Bayern também avança

31/10/2017 20h01

Paris, 31 Out 2017 (AFP) - Com direito a um gol de Neymar e outros três do improvável herói Kayvin Kurzawa, o Paris Saint-Germain goleou por 5 a 0 o Anderlecht, nesta terça-feira no Parque dos Príncipes, e se manteve 100% na Liga dos Campeões, garantindo a classificação às oitavas da competição.

A abertura do placar foi responsabilidade do italiano Marco Verratti aos 30 minutos de jogo, antes de Neymar deixar o seu em chute de fora da área no último lance da primeira etapa. No segundo tempo, Kurzawa assumiu a o protagonismo do jogo, fazendo a vitória francesa virar goleada com três gols, aos 7, 26 e 33 minutos.

Na outra partida do grupo B, o Bayern de Munique venceu por 2 a 1 o Sporting em Portugal com gols do francês Kingsley Coman e e do espanhol Javi Martínez, e também se garantiu na próxima fase.

A primeira colocação da chave pertence ao PSG, que manteve sua campanha perfeita na competição com 12 pontos em quatro jogos, somando 17 gols sem ter sofrido nenhum.

O Bayern, com 9 pontos, é o segundo colocado e não pode mais ser alcançado pelo Celtic (3º, 3 pts), que perderia nos critérios de desempate. O Anderlecht é o lanterninha (0 pt) e tentará brigar com o time escocês pela vaga na Liga Europa.

Na próxima rodada, em 22 de novembro, o PSG receberá em Paris o Celtic de olho em defender o primeiro lugar do grupo, enquanto o Bayern visitará o Anderlecht torcendo por um tropeço francês à distância.

- Neymar mostra o caminho -Sem surpresas no ataque, com o trio 'MCN' chamando todas as atenções, o técnico Unai Emery deixou claras as intenções de sua equipe com a escalação do meia-atacante Julian Draxler na vaga do volante Thiago Motta, machucado. Com isso, o meia Adrien Rabiot foi recuado para um papel mais defensivo.

A ousadia deu resultados assim que o árbitro autorizou o início da partida. Após 45 minutos de jogo, o PSG já somava 12 chutes a gol e vencia por 2 a 0 no placar, diante de um adversário inofensivo.

A enorme superioridade parisiense foi construída desde o primeiro minuto, quando o PSG armou ótima trama ofensiva que terminou em Mbappé deixando Neymar cara a cara com o goleiro belga Boeckx, um pouco acima do peso, fazer ótima defesa.

Aos 9, Neymar tentou novamente, desta vez da entrada da área, mas Cavani apareceu no caminho da bola e atuou sem querer como zagueiro para o Anderlecht.

Em seguida, Boeckx apareceu para fazer três defesas muito parecidas, se jogando para defender com seguranças três chutes rasteiros de Neymar duas vezes (13, 18) e de Draxler (15).

O gol do PSG era inevitável e veio aos 30 minutos, após outra ótima trama do sistema ofensivo.

No lance, depois de roubar a bola na defesa, Mbappé partiu no contra-ataque, tabelou com Neymar e encontrou Verratti sozinho dentro da área. O italiano, com muita categoria, cortou a marcação e chutou colocado.

O gol não fez o PSG diminuir o ritmo, e nem poderia, já que conseguia passar com facilidade pela insossa marcação belga.

Nos minutos finais do primeiro tempo, ainda deu tempo de Neymar ampliar o placar, acertando um forte chute de fora da área que Boeckx não conseguiu alcançar.

Na comemoração, Neymar sentou no gramado e imitou um piloto dirigindo um carro, uma homenagem ao amigo Lewis Hamilton, que se sagrou tetracampeão de Fórmula 1 no último fim de semana.

- Kurzawa cala os críticos -Na volta do intervalo, com a vaga nas oitavas de final na mão, o PSG teve uma queda no ritmo de jogo compreensível. Foi então que entrou em ação um herói improvável, o lateral Kurzawa, que transformou a vitória em goleada com três gols.

O show do francês começou aos 7 minutos, quando Neymar sofreu falta na entrada da área. O craque da seleção foi para a cobrança e acertou a trave. No rebote, Kurzawa mandou para as redes.

Aos 26, O lateral apareceu na área para cabecear com categoria um cruzamento de primeira de Daniel Alves, após longo lançamento de Neymar e, sete minutos depois, marcou seu terceiro gol -o quinto do PSG- num chute cruzado.

Após cada gol, Kurzawa fez o sinal de silêncio para a torcida, uma resposta às críticas que recebeu pela falta de aproveitamento nos cruzamentos.

Nos minutos finais, o PSG de Emery, que tirou Mbappé, Rabiot e Verratti para dar oportunidades aos argentinos Lo Celso, Di Maria e Pastore, se contentou em tocar a bola com categoria e desperdiçar oportunidades, mas nada que pudesse impedir a festa da torcida parisiense.