Justiça dos EUA condena segundo cartola ex-Fifa: 15 meses de prisão
Uma juíza dos Estados Unidos sentenciou a 15 meses de prisão um ex-cartola das Ilhas Cayman, nesta terça-feira, por ajudar a lavar três milhões de dólares em subornos relacionados com o mega escândalo de corrupção da Fifa conhecido como "Fifagate".
O britânico Costas Takkas, ex-secretário da federação de futebol das Ilhas Cayman, vai ficar apenas mais três meses em cárcere porque já cumpriu 10 meses de sua sentença na Suíça. O dirigente ainda poderia ter crédito de 54 dias por boa conduta, depois de cumprir um ano de prisão.
A juíza Pamela Chen é a responsável pelo caso. Depois de cumprir a sentença, Takkas será deportado. A sentença consideravelmente menor do que os 37 meses pedidos pelo governo americano.
Takkas ainda vai precisar restituir três milhões de dólares à Federação das Ilhas Cayman junto a Jeffrey Webb, antigo vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf. Webb deve ser sentenciado no dia 24 de janeiro de 2018, caso a data não seja alterada.
"Sinto um grande remorso. Não é da minha natureza fazer dano a ninguém. Adoro o futebol e espero que o esporte aprenda desse caso", disse Takkas minutos antes da leitura da sentença.
"Este é um crime sério, por Takkas ajudou a lavar três milhões de dólares. Uma fraude de valor impressionante", avaliou Chen.
Na semana passada, Chen emitiu a primeira sentença do Fifagate: oito meses de prisão para Héctor Trujillo, ex-juiz e cartola da federação guatemalteca de futebol.
No total, 42 dirigentes de futebol das Américas e empresários esportivos foram acusados pela justiça dos Estados Unidos no escândalo de corrupção que balançou a Fifa, em 2015. Como Trujillo, a maioria dos envolvidos se declarou culpada para tentar reduzir as penas.
Apenas três dos 42 acusados insistem em sua inocência, dentre eles o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marín.
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