Rússia preparava plano de doping para seleção na Copa do Mundo-2018
Berlim, 25 Ago 2017 (AFP) - O governo russo ordenou a execução de um plano de doping para a seleção de futebol nacional na Copa do Mundo de 2018, da qual o país será anfitrião, acusou a revista alemã der Spiegel, que no sábado publicará uma reportagem sobre o tema.
Segundo a revista, o governo pediu para que Grigory Rodchenkov, criador do sistema de doping usado pelos atletas russos nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi-2014, colocasse em prática um plano parecido para a Copa do Mundo.
Rodchenkov, que por 10 anos chefiou o laboratório antidoping de Moscou (até 2015), fugiu para os Estados Unidos com a ajuda do produtor de cinema Bryan Fogel.
"Após Sochi, ele recebeu a missão de elaborar o programa de doping para a Copa do Mundo de 2018. Grigory estava em plenos preparativos quando tudo foi descoberto", explicou Fogel ao Spiegel.
O vice-primeiro-ministro russo, Vitali Moutko, questionado pela revista alemã, afirmou que "o Estado não tem nenhuma maneira de controlar o trabalho de um chefe de laboratório (...) Ele (Rodchenkov) era mundialmente conhecido e foi contratado com especialista para os Jogos Olímpicos, pensamos que tudo era normal".
Em junho, o jurista canadense Richard McLaren -autor do relatório que em 2016 revelou um vasto esquema de doping estatal na Rússia- afirmou que graves indícios apontavam para falcatruas no mundo do futebol.
Questionado sobre o tema pela emissora alemã ARD, McLaren citou uma troca de e-mails entre altos funcionários russos, que afirmavam que amostras de urina contaminadas foram substituídas por "amostras limpas".
"Com as informações que temos, podemos concluir que contavam com um sistema (de ocultação) diferente para o futebol", em paralelo ao esquema usado nas outras disciplinas esportivas, completou o jurista.
Durante os Jogos de inverno de 2014, Rodchenkov substituiu amostras de urina contaminadas de atletas russos, como mostra o documentário 'Icarus', produzido por Bryan Fogel e divulgado pela Netflix.
Segundo Rodchenkov, 30 das 73 medalhas conquistadas pela Rússia nos Jogos de Pequim-2008 foram de atletas dopados, assim como pelo menos metade das medalhas de Londres-2012.
Segundo a revista, o governo pediu para que Grigory Rodchenkov, criador do sistema de doping usado pelos atletas russos nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi-2014, colocasse em prática um plano parecido para a Copa do Mundo.
Rodchenkov, que por 10 anos chefiou o laboratório antidoping de Moscou (até 2015), fugiu para os Estados Unidos com a ajuda do produtor de cinema Bryan Fogel.
"Após Sochi, ele recebeu a missão de elaborar o programa de doping para a Copa do Mundo de 2018. Grigory estava em plenos preparativos quando tudo foi descoberto", explicou Fogel ao Spiegel.
O vice-primeiro-ministro russo, Vitali Moutko, questionado pela revista alemã, afirmou que "o Estado não tem nenhuma maneira de controlar o trabalho de um chefe de laboratório (...) Ele (Rodchenkov) era mundialmente conhecido e foi contratado com especialista para os Jogos Olímpicos, pensamos que tudo era normal".
Em junho, o jurista canadense Richard McLaren -autor do relatório que em 2016 revelou um vasto esquema de doping estatal na Rússia- afirmou que graves indícios apontavam para falcatruas no mundo do futebol.
Questionado sobre o tema pela emissora alemã ARD, McLaren citou uma troca de e-mails entre altos funcionários russos, que afirmavam que amostras de urina contaminadas foram substituídas por "amostras limpas".
"Com as informações que temos, podemos concluir que contavam com um sistema (de ocultação) diferente para o futebol", em paralelo ao esquema usado nas outras disciplinas esportivas, completou o jurista.
Durante os Jogos de inverno de 2014, Rodchenkov substituiu amostras de urina contaminadas de atletas russos, como mostra o documentário 'Icarus', produzido por Bryan Fogel e divulgado pela Netflix.
Segundo Rodchenkov, 30 das 73 medalhas conquistadas pela Rússia nos Jogos de Pequim-2008 foram de atletas dopados, assim como pelo menos metade das medalhas de Londres-2012.
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