México pede para torcedores pararem com gritos homofóbicos
Através das redes sociais, a Federação Mexicana de Futebol (FMF) pediu para os torcedores darem fim aos gritos homofóbicos quando o goleiro rival bate o tiro de meta, nesta quarta-feira, horas antes do jogo contra a Nova Zelândia pela Copa das Confederações.
"Como você sabe, a Fifa leva com muita seriedade o grito que fazemos quando o goleiro chuta. As possíveis punições são graves. Se o comportamento continuar, o nosso esforço em campo não vai servir para nada se perdermos o jogo por isso, se suspenderem a partida ou se te expulsarem do estádio. Nós perdemos, você perde, perdemos todos", indicou a FMF.
"Sabemos que você é incondicional, confiamos em você. Juntos mudaremos a história", acrescentou o comunicado.
Na estreia contra Portugal, um pequeno grupo de torcedores gritava "Puto" cada vez que o goleiro Rui Patricio batia o tiro de meta.
A Fifa já multou a FMF oito vezes por essa situação nos estádios.
Antes da Copa das Confederações, a Fifa fortaleceu o compromisso contra a discriminação. A entidade indicou que os árbitros podem suspender temporariamente o jogo ou até cancelar a partida, quando gritos ofensivos foram identificados nas arquibancadas.
Também está instalado um sistema de vigilância, com observadores anti-discriminação.
O treinador mexicano Juan Carlos Osorio comentou a situação na coletiva de imprensa de terça-feira.
"Apesar de não ser mexicano, entendo o propósito do grito. Não tem nada a ver com homofobia", indicou o treinador.
"Certamente em outras culturas existem gritos piores, que geram violência. É tudo interpretação, algo que tem que ser administrado pela federação e pela Fifa", acrescentou.
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