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Real Madrid e Juventus, retrospectos distintos em finais

31/05/2017 19h06

Cardiff, Reino Unido, 31 Mai 2017 (AFP) - A Liga dos Campeões vai ser decidida em Cardiff, no sábado, entre o recordista de finais e títulos Real Madrid, com 11 troféus em 14 decisões, e a Juventus, finalista oito vezes, mas com apenas duas conquistas.

Sendo assim, Real Madrid em sua 15ª final e Juventus (9ª) têm retrospectos distintos na história da competição. Os italianos não são os segundos na lista de maiores finalistas e estão atrás, por exemplo, dos rivais italianos Milan, que jogaram 11 finais com 7 títulos.

O Bayern de Munique jogou 10 finais, em cinco delas voltou com a taça e nas outras cinco ficou de mãos vazias. Assim como a Velha Senhora, o Barcelona também disputou oito finais, mas teve aproveitamento melhor, com cinco troféus.

Benfica, com dois títulos e cinco vices, e Atlético de Madri, três vezes freado na hora agá, são outros dos times que a competição continental foi particularmente cruel.

"A negatividade atrai negatividade... A Juve não perdeu seis finais, mas jogou oito. Chegar à final é algo extraordinário. É uma grande alegria chegar a uma final da Liga dos Campeões e tenho sorte por poder estar no banco em Cardiff", pondereu o técnico italiano Massimiliano Allegri.

O Real Madrid, foi campeão em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002, 2014 e 2016, e perdeu as finais de 1962 (derrotado pelo Benfica por 5-3), 1964 (não conseguiu vencer a Inter de Milão, que superou por 3-1) e em 1981 (quando caiu por 1 a 0 para o Liverpool).

- As finais não se jogam, se ganham -O argentino Alfredo Di Stéfano, o maior jogador da história do Real Madrid, foi o autor da emblemática frase que se popularizou no mundo do futebol nos últimos anos: "as finais não se jogam, se ganham".

O artilheiro levou as palavras ao pé da letra, conquistando as cinco primeira taças da Europa para os merengues, entre 1956 e 1960. A frase parece ter se tornado lema do clube.

A Juventus, por outro lado, venceu pela primeira vez em 1985, quando se impôs aos Liverpool por 1 a 0, com gol de Michel Platini cobrando pênalti. O jogo foi marcado pela morte de 39 torcedores italianos, atacados por um grupo de hooligans do clube inglês no arredores do estádio Heysel de Bruxelas.

O luto daquela final impediu qualquer comemoração da Juventus.

O segundo e último título chegou em 1996, quando superou o Ajax nas penalidades por 4 a 2, depois de empate em 1 a 1 no tempo regulamentar.

As seis derrotas nas finais chegaram em 1973 para o Ajax (1-0)), 1983 para o Hamburgo (1-0), 1997 para o Borussia Dortmund (3-1), em 1998 para o Real Madrid como rival (1-0), em 2003 para o Milan (3-2 nos pênaltis, após empatem sem gols) e para o Barcelona (3-1) em 2015.

"É óbvio que a porcentagem de finais vencidas pelo Real Madrid é impressionante, mas não é possível fazer comparações entre jogos diferentes. O Real venceu a última, mas a história se renova constantemente", afirmou ao jornal Marca Alessandro del Piero, uma das estrelas do clube italiano.

Outra das figuras mais importantes do time de Turim, Gianluigi Buffon, busca o primeiro título aos 39 anos de idade, depois de perder em 2003 e 2015, para Milan e Barcelona, respectivamente.