Sharapova: opinião das outras tenistas é "última das minhas preocupações"
A russa Maria Sharapova, que voltará às quadras na semana que vem após 15 meses de suspensão por doping, afirmou que a opinião das outras tenistas é a "última das minhas preocupações", em entrevista ao jornal alemão Stern, que será publicada nesta quinta-feira.
"É a última das minhas preocupações. Nem pensei nisso. Eu sei que sou respeitada no meu meio. Eu vejo isso na maneira como jogam contra mim", afirmou a ex-número 1 do mundo.
Para sua volta às competições, a russa, suspensa por doping, o que a fez despencar no ranking WTA, será beneficiada por convites para disputar os torneios de Stuttgart, Madri e Roma, algo que dividiu o circuito.
"Ela vai poder chegar na quarta-feira e começar a jogar do nada, é um pouco estranho para as outras jogadoras", comentou a alemã Angelique Kerber. Graças ao convite pela organização do torneio de Stuttgart, Sharapova disputará sua primeira partida desde o Aberto da Austrália de 2016.
A russa admitiu ter sido "incrivelmente difícil" aceitar a suspensão no início. "Eu tinha poucos amigos. Só meu pai e minha mãe. Eu me senti muito pequena e frágil".
Novamente, a tenista atacou duramente a ITF (Federação Internacional de Tênis) e o responsável pela luta antidoping, Stuart Miller, a quem ela acusa de não ter lhe prevenido em outubro de 2015 sobre as mudanças no regulamento que entrariam em vigor.
A russa de 29 anos, cinco vezes campeã em Grand Slams, foi pega no antidoping por uso de meldonium, em janeiro de 2016. Num primeiro veredito, Sharapova foi suspensa de todas as competições por dois anos pela ITF. A suspensão acabou sendo reduzida para 15 meses pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que reconheceu que a tenista não teve a intenção de burlar o sistema.
Sharapova fazia uso há anos de meldonium, até então permitido, mas o medicamento acabou entrando na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping (Wada) em janeiro de 2016.
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