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Argentina em perigo encara Chile; Brasil-Uruguai em duelo de líderes

21/03/2017 15h17

Montevidéu, 21 Mar 2017 (AFP) - A Argentina de Messi flerta com o dramático no duelo importante de quinta-feira contra o Chile, pelas eliminatórias sul-americanas, ao contrário de Brasil e Uruguai, líderes da competição, que podem se dar ao luxo de desfrutar do clássico.

Uma Copa sem a Argentina de Messi? a equipe precisa começar a responder essa inquietante pergunta nesta quinta-feira em Buenos Aires contra o Chile, seu algoz nas últimas duas finais de Copa América.

A Argentina, líder do ranking da Fifa e atual vice-campeã mundial, deixou de somar pontos importantes nas eliminatórias e agora, a cinco rodadas do fim da competição, aparece na decepcionante 5ª colocação, na zona de repescagem com uma seleção da Oceania.

A vitória é a única opção para a Argentina não se colocar em buraco ainda mais profundo, mas um adversário como o Chile é sempre difícil, mesmo desfalcado da estrela Arturo Vidal.

Messi, do Barcelona, e Angel Di Maria, do Paris Saint-Germain, terão que esquecer a histórica vitória catalã sobre a equipe francesa na Liga dos Campeões, colocar juntos a seleção nos ombros e fazer com que a bola chegue aos atacantes que vêm brilhando na Juventus, Gonzalo Higuaín e Paulo Dybala.

A obrigação de ganhar contra o Chile se tornou ainda mais intensa para os comandados de Edgardo Bauza porque na próxima rodada, em 28 de março, deverão escalar a altitude de La Paz (3.600 m) para encarar a Bolívia.

Sem Vidal e talvez sem Alexis Sánchez, o Chile vê com bons olhos um empate no Monumental de Buenos Aires. Na rodada seguinte, a 'Roja' receberá em Santiago a Venezuela, última colocada das eliminatórias e ótima oportunidade de somar três pontos.

- Neymar-Cavani, outra vez frente a frente -A vida está bem mais tranquila para Brasil e Uruguai. Com Tite no comando, a seleção brasileira deu arrancada fenomenal, deixando para trás a sombria era Dunga, que fracassou na Copa América Centenário-2016.

Sem firulas, Tite recolocou a seleção em seu devido lugar, Com Neymar como grande destaque, conseguindo acabar com uma má fase que parecia interminável.

Agora, o Brasil manda na tabela, com 27 pontos, e pode contar com um Neymar que foi o herói do Barça contra o PSG do artilheiro uruguaio Edinson Cavani na Champions.

Os dois astros estarão novamente frente a frente no estádio Centenário de Montevidéu, mas não poderão contar com dois de seus principais parceiros nos respectivos ataques. Cavani não terá ao seu lado Luis Suárez, suspenso, enquanto Neymar não poderá contar com Gabriel Jesus, machucado.

- Café doce ou amargo? -A Colômbia é outra seleção que não pode pensar em tropeçar. Caso não aproveite o confronto em casa contra a praticamente eliminada Bolívia, os Cafeteros complicarão de vez as chances de se classificarem à Copa do Mundo da Rússia-2018.

Na sexta colocação com 18 pontos, um a menos que a Argentina, a equipe de José Pekerman não consegue encadear uma sequência positiva e, para piorar, sofre com o pouco aproveitamento de James Rodríguez no Real Madrid e com o desfalque de Radamel Falcao, lesionado no Monaco.

O versátil Juan Cuadrado, em grande fase na Juventus, precisará liderar a equipe cafetera, que não vem conseguindo apresentar um futebol à altura das expectativas.

O Paraguai é outra seleção que está com a corda no pescoço. Sem grandes nomes, aposta na famosa garra guarani para tentar arrancar um ingresso para a Copa do Mundo. Mas, com 15 pontos e no 7º lugar das eliminatórias, terá que vencer o Equador em Assunção, nesta quinta, e, no domingo, o assustador Brasil em São Paulo.

Já o Equador segue vivo na competição graças às quatro vitórias seguidas nas primeiras quatro partidas das eliminatórias. Após uma queda busca de rendimento, a equipe voltou a dar sinais de vida para ocupar a 3ª colocação com 20 pontos (empatada com o Chile, mas com melhor saldo de gol).

Na última partida da rodada, Venezuela e Peru fazem confronto de desesperados. Os venezuelanos, com apenas cinco pontos somados, estão praticamente eliminados, enquanto os peruanos (14) tentam se afastar da eliminação.