Futebol francês chega à China para impulsionar sua imagem
Pequim, 16 Fev 2017 (AFP) - A Federação de Futebol Francesa (FFF) e a Liga da França (LFP) inauguraram uma sede conjunta na China, nesta quinta-feira, para aproveitar a bonança do gigante asiático e impulsionar a imagem dos europeus.
O escritório recém construído, em Pequim, tem como objetivo reforçar a notoriedade do futebol francês, ajudar os atletas do país na adaptação na China e formar treinadores e jogadores.
"A primeiro missão é exportar o 'know-how' francês, no que diz respeito à formação, levando em conta que a França é líder de exportações de atletas no mundo", sublinhou o diretor assistente, Victorino Malero, à AFP.
"A ideia é acompanhar as estruturas chinesas, como escolas públicas, federação e clubes, para permitir que eles formem os melhores jogadores", acrescentou Malero.
China tem 1,3 bilhão de habitantes e é o 86º colocado no ranking da Fifa. O país anunciou que quer se transformar numa potência mundial até 2050, iniciativa do presidente Xi Jinping.
Autoridades chinesas estimam que 20.000 academias de formação serão criadas e 30 milhões de jovens vão jogar futebol nos próximos quatro anos.
- Griezmann e Benzema como exemplo -"A Alemanha, Espanha e Itália se instalaram na China. A França chega um pouco atrasada", lamentou Raymond Domenech, ex-técnico da seleção francesa e presidente do sindicato de treinadores.
"A China quer organizar uma Copa do Mundo. Por isso, precisa de uma equipe que dirija o espetáculo e ajude na formação para deixar o país competitivo em 15 ou 20 anos", acrescentou Domenech.
O escritório FFF-LFP, em Pequim, conta com um empregado francês e vai contratar dois chineses em breve. Os locais vão se encarregar de divulgar o futebol francês no país.
Os atacantes Antoine Griezmann, Karim Benzema e Olivier Giroud são seguidos por torcedores chineses, apesar de espanhóis e alemães continuarem sendo mais populares.
A liga francesa ainda tem pouco impacto na China, bem menor que Premier League, La Liga, Serie A e Bundesliga, campeonatos que são transmitido gratuitamente pelas televisões públicas.
Por outro lado, o gigante asiático investiu pesado no futebol europeu.
Vários clubes foram comprados por chineses: Auxerre, Sochaux, Aston Villa, West Bromwich, Espanyol, Granada e até a gigante Inter de Milão estão nas mãos dos orientais. Além da lista, o Atlético de Madri também tem 20% vendido ao grupo empresarial chinês Wanda.
Estas compras não preocupam a nova presidenta da Liga Espanhola, Nathalie Boy: "vivemos em uma sociedade mundial, estamos felizes de ver que nossos times são atrativos fora do nosso território".
"A França não teme a presença da China em nenhum esporte, nem no setor econômico", indicou o Ministro do Esporte francês, Patrick Kanner.
"A chegada da China na economia francesa indica um possível desenvolvimento", concluiu o ministro.
ehl/jug/pgr/rsc/fa/am
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OL GROUPE
O escritório recém construído, em Pequim, tem como objetivo reforçar a notoriedade do futebol francês, ajudar os atletas do país na adaptação na China e formar treinadores e jogadores.
"A primeiro missão é exportar o 'know-how' francês, no que diz respeito à formação, levando em conta que a França é líder de exportações de atletas no mundo", sublinhou o diretor assistente, Victorino Malero, à AFP.
"A ideia é acompanhar as estruturas chinesas, como escolas públicas, federação e clubes, para permitir que eles formem os melhores jogadores", acrescentou Malero.
China tem 1,3 bilhão de habitantes e é o 86º colocado no ranking da Fifa. O país anunciou que quer se transformar numa potência mundial até 2050, iniciativa do presidente Xi Jinping.
Autoridades chinesas estimam que 20.000 academias de formação serão criadas e 30 milhões de jovens vão jogar futebol nos próximos quatro anos.
- Griezmann e Benzema como exemplo -"A Alemanha, Espanha e Itália se instalaram na China. A França chega um pouco atrasada", lamentou Raymond Domenech, ex-técnico da seleção francesa e presidente do sindicato de treinadores.
"A China quer organizar uma Copa do Mundo. Por isso, precisa de uma equipe que dirija o espetáculo e ajude na formação para deixar o país competitivo em 15 ou 20 anos", acrescentou Domenech.
O escritório FFF-LFP, em Pequim, conta com um empregado francês e vai contratar dois chineses em breve. Os locais vão se encarregar de divulgar o futebol francês no país.
Os atacantes Antoine Griezmann, Karim Benzema e Olivier Giroud são seguidos por torcedores chineses, apesar de espanhóis e alemães continuarem sendo mais populares.
A liga francesa ainda tem pouco impacto na China, bem menor que Premier League, La Liga, Serie A e Bundesliga, campeonatos que são transmitido gratuitamente pelas televisões públicas.
Por outro lado, o gigante asiático investiu pesado no futebol europeu.
Vários clubes foram comprados por chineses: Auxerre, Sochaux, Aston Villa, West Bromwich, Espanyol, Granada e até a gigante Inter de Milão estão nas mãos dos orientais. Além da lista, o Atlético de Madri também tem 20% vendido ao grupo empresarial chinês Wanda.
Estas compras não preocupam a nova presidenta da Liga Espanhola, Nathalie Boy: "vivemos em uma sociedade mundial, estamos felizes de ver que nossos times são atrativos fora do nosso território".
"A França não teme a presença da China em nenhum esporte, nem no setor econômico", indicou o Ministro do Esporte francês, Patrick Kanner.
"A chegada da China na economia francesa indica um possível desenvolvimento", concluiu o ministro.
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