Topo

Capitão de seleção de futebol dos EUA se diz triste e envergonhado por Trump

29/01/2017 16h35

Los Angeles, 29 Jan 2017 (AFP) - O capitão da seleção americana de futebol, Michael Bradley, criticou firmemente as restrições migratórias impostas pelo presidente americano, Donald Trump, e assegurou se sentir "triste e envergonhado".

"Estou triste e envergonhado. Quando Trump foi eleito presidente, pensava que seria diferente do candidato que foi, que substituiria sua retórica xenofóbica, misógina e narcisista por uma aproximação mais humilde e comedida na hora de dirigir nosso país", publicou o jogador em sua conta no Instagram.

"Me enganei, e as restrições que agora atingem os muçulmanos demonstram mais uma vez que se trata de uma pessoa que não está em sintonia com o nosso país e que não faz o necessário para fazê-lo avançar", lamentou Bradley, que irá liderar a equipe americana no amistoso contra a Sérvia, neste domingo.

O decreto assinado por Trump na sexta-feira suspende a acolhida de refugiados durante, pelo menos, 120 dias, e proíbe a entrada de viajantes do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, enquanto revisam os critérios de admissão.

Estas medidas poderiam ter consequências negativas sobre a candidatura de Los Angeles aos Jogos Olímpicos de 2024. A cidade compete com Budapeste e Paris para receber o maior evento esportivo do mundo, cuja escolha será feita em setembro, em Lima.

O prefeito da cidade, Eric Garcetti, condenou na sexta-feira e no sábado estas restrições migratórias, lamentando que as novas medidas "sejam direcionadas injustamente aos refugiados".

"Los Angeles sempre será um refúgio onde os mais vulneráveis que fogem da guerra, da opressão política e religiosa se sentirão seguros e protegidos", insistiu.

O comitê organizador da candidatura de Los Angeles-2024 não respondeu às ligações da AFP.