Chapecoense "se recusou a morrer", afirma dirigente
Chapecó, Brasil, 20 Jan 2017 (AFP) - Cerca de dois meses após a tragédia aérea que custou a vida de praticamente todos os jogadores da Chapecoense, o pequeno clube catarinense "se recusou a morrer", explicou à AFP Rui Costa, diretor esportivo do clube.
Sob o comando do dirigente, que chegou ao clube em dezembro após passagem pelo Grêmio, a Chape contratou 22 jogadores, grande parte por empréstimo, formando uma nova equipe que jogará junta pela primeira vez neste sábado, em amistoso contra o Palmeiras, atual campeão brasileiro.
- Quais foram os argumentos usados para convencer todos esses jogadores a assinar com um clube em plena reconstrução?
"Para começar, eles sabem que estão assinando com um clube sadio, bem organizado, que sempre pagou os salários em dia, apesar do contexto de grande dificuldade financeira no futebol brasileiro. Mas o argumento mais forte é mostrar que o clube se recusou a morrer, em um momento em que os dirigentes poderiam fechar as portas depois de uma tragédia tão grande. Pelo contrário, o clube entendeu que era momento de confirmar sua grandeza construindo uma equipe forte, digna dos que nos deixaram. Foi isso que motivou nossos reforços, com a oportunidade única de ganhar uma visibilidade mundial e a perspectiva de uma temporada extraordinária, disputando grandes competições como a Copa Libertadores".
- Os outros clube mantiveram as promessas de ajudar a Chapecoense com empréstimo de jogadores?
"Houve muitas promessas, não conseguimos obter todos os jogadores que queríamos, mas a ajuda de outros clubes foi fundamental na reconstrução do elenco. Nunca teríamos conseguido trazer tantos jogadores sem esses empréstimos em condições favoráveis. Trabalhamos sem descanso, por mais de vinte horas por dia, a partir de uma lista de 90 jogadores, reduzida a 50, depois a 36. Após as negociações, conseguimos montar um elenco com 28 jogadores, quatro deles já estavam no clube e alguns jovens das categorias de base".
- Como a equipe pode manter sua identidade em um momento em que foi completamente reconstruída?
"A característica desta equipe é que ele não aceita perder, não importa as circunstâncias. Os adversários precisam sentir que é muito difícil ganhar da gente aqui, na Arena Condá. A partida deste sábado será importante para mostrar que tudo que foi realizado pelos jogadores que nos deixaram vai fazer parte da continuidade. É a mais bonita homenagem que podemos fazer".
Respostas colhidas por Louis Genot.
Sob o comando do dirigente, que chegou ao clube em dezembro após passagem pelo Grêmio, a Chape contratou 22 jogadores, grande parte por empréstimo, formando uma nova equipe que jogará junta pela primeira vez neste sábado, em amistoso contra o Palmeiras, atual campeão brasileiro.
- Quais foram os argumentos usados para convencer todos esses jogadores a assinar com um clube em plena reconstrução?
"Para começar, eles sabem que estão assinando com um clube sadio, bem organizado, que sempre pagou os salários em dia, apesar do contexto de grande dificuldade financeira no futebol brasileiro. Mas o argumento mais forte é mostrar que o clube se recusou a morrer, em um momento em que os dirigentes poderiam fechar as portas depois de uma tragédia tão grande. Pelo contrário, o clube entendeu que era momento de confirmar sua grandeza construindo uma equipe forte, digna dos que nos deixaram. Foi isso que motivou nossos reforços, com a oportunidade única de ganhar uma visibilidade mundial e a perspectiva de uma temporada extraordinária, disputando grandes competições como a Copa Libertadores".
- Os outros clube mantiveram as promessas de ajudar a Chapecoense com empréstimo de jogadores?
"Houve muitas promessas, não conseguimos obter todos os jogadores que queríamos, mas a ajuda de outros clubes foi fundamental na reconstrução do elenco. Nunca teríamos conseguido trazer tantos jogadores sem esses empréstimos em condições favoráveis. Trabalhamos sem descanso, por mais de vinte horas por dia, a partir de uma lista de 90 jogadores, reduzida a 50, depois a 36. Após as negociações, conseguimos montar um elenco com 28 jogadores, quatro deles já estavam no clube e alguns jovens das categorias de base".
- Como a equipe pode manter sua identidade em um momento em que foi completamente reconstruída?
"A característica desta equipe é que ele não aceita perder, não importa as circunstâncias. Os adversários precisam sentir que é muito difícil ganhar da gente aqui, na Arena Condá. A partida deste sábado será importante para mostrar que tudo que foi realizado pelos jogadores que nos deixaram vai fazer parte da continuidade. É a mais bonita homenagem que podemos fazer".
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