Avião da LaMia tinha pouco combustível, revela investigação oficial
Bogotá, 26 dez 2016 (AFP) - O avião da companhia boliviana LaMia, que caiu quando transportava a delegação da Chapecoense, tinha combustível limitado para o trajeto que percorria - de acordo com os resultados da investigação preliminar da Aeronáutica Civil da Colômbia, divulgados nesta segunda-feira (26) em Bogotá.
Os pilotos "estavam cientes de que o combustível que tinham não era o adequado, nem o suficiente", declarou o secretário de Segurança Aérea do governo colombiano, Freddy Bonilla, em coletiva de imprensa.
Apesar do pouco combustível, os pilotos não repassaram a informação às autoridades aeronáuticas colombianas e anunciaram estar em situação de emergência apenas a seis minutos do impacto, na zona rural de Medellín. Na queda, faleceram 71 pessoas, entre integrantes da delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes.
Ainda segundo o governo colombiano, o piloto da aeronave, Miguel Quiroga, e o copiloto, Ovar Goytia, planejaram aterrissar em Bogotá, ou na cidade colombiana de Leticia (no sul do país), por "estar no limite do combustível", mas não fizeram qualquer requerimento para cumprir o planejado.
"Até agora, temos evidências de que nenhum fator técnico influenciou o acidente. Tudo está relacionado ao fator humano e administrativo", afirmou Bonilla.
Segundo o secretário, embora o avião viajasse com excesso de cerca de 500 quilos de peso, isso não foi "determinante" para o acidente.
Plano de voo foi ignoradoDe acordo com o inquérito, a autoridade encarregada de aprovar os planos de voo na Bolívia errou ao aprovar as condições "inaceitáveis" propostas pela LaMia, permitindo que o avião, modelo RJ85, voasse acima dos 29.000 pés. O aparelho não tinha capacidade para essa altitude.
"Não se cumpriu o plano de voo", afirmou, explicando que, para a rota entre Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e Medellín, a aeronave deveria contar com uma reserva de combustível para permanecer no ar por pelo menos 1h40.
A tripulação ignorou uma escala para se reabastecer, relatou a mesma fonte, acrescentando que, pela norma internacional, a Colômbia é responsável pela investigação por ser o local onde aconteceu o acidente.
Minuto a minuto da tragédiaSegundo a Aeronáutica Civil da Colômbia, às 21h49 locais de 28 de novembro, os pilotos pedem prioridade para pousar por possível problema de combustível. A controladora aérea do aeroporto José María Córdova de Rionegro lhes dá, então, "a rota mais direta e imediata".
Nessa mesma hora, o avião da LaMia começa a descer sem autorização e apesar de um avião da Avianca já estar em processo de aterrissagem e de haver outros no mesmo setor.
Cinco minutos antes do acidente, às 21h53 locais, um dos motores se apaga e, três minutos depois, os quatro deixam de funcionar.
Às 21h57 locais, a tripulação se declara em emergência por "pane elétrica total" e "sem combustível", e o sinal do radar desaparece. Os pilotos pedem vetores para aterrissar e iniciam a descida a 9.000 pés - cerca de 1.000 pés abaixo da altitude mínima do setor.
O avião se choca com o Monte Gordo às 21h58 locais, a 50 km de Medellín, a uma velocidade de 115 nós (230 km/h em média).
"Estamos investigando o motivo pelo qual não reportam antes (a emergência)", completou Bonilla.
Os pilotos "estavam cientes de que o combustível que tinham não era o adequado, nem o suficiente", declarou o secretário de Segurança Aérea do governo colombiano, Freddy Bonilla, em coletiva de imprensa.
Apesar do pouco combustível, os pilotos não repassaram a informação às autoridades aeronáuticas colombianas e anunciaram estar em situação de emergência apenas a seis minutos do impacto, na zona rural de Medellín. Na queda, faleceram 71 pessoas, entre integrantes da delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes.
Ainda segundo o governo colombiano, o piloto da aeronave, Miguel Quiroga, e o copiloto, Ovar Goytia, planejaram aterrissar em Bogotá, ou na cidade colombiana de Leticia (no sul do país), por "estar no limite do combustível", mas não fizeram qualquer requerimento para cumprir o planejado.
"Até agora, temos evidências de que nenhum fator técnico influenciou o acidente. Tudo está relacionado ao fator humano e administrativo", afirmou Bonilla.
Segundo o secretário, embora o avião viajasse com excesso de cerca de 500 quilos de peso, isso não foi "determinante" para o acidente.
Plano de voo foi ignoradoDe acordo com o inquérito, a autoridade encarregada de aprovar os planos de voo na Bolívia errou ao aprovar as condições "inaceitáveis" propostas pela LaMia, permitindo que o avião, modelo RJ85, voasse acima dos 29.000 pés. O aparelho não tinha capacidade para essa altitude.
"Não se cumpriu o plano de voo", afirmou, explicando que, para a rota entre Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e Medellín, a aeronave deveria contar com uma reserva de combustível para permanecer no ar por pelo menos 1h40.
A tripulação ignorou uma escala para se reabastecer, relatou a mesma fonte, acrescentando que, pela norma internacional, a Colômbia é responsável pela investigação por ser o local onde aconteceu o acidente.
Minuto a minuto da tragédiaSegundo a Aeronáutica Civil da Colômbia, às 21h49 locais de 28 de novembro, os pilotos pedem prioridade para pousar por possível problema de combustível. A controladora aérea do aeroporto José María Córdova de Rionegro lhes dá, então, "a rota mais direta e imediata".
Nessa mesma hora, o avião da LaMia começa a descer sem autorização e apesar de um avião da Avianca já estar em processo de aterrissagem e de haver outros no mesmo setor.
Cinco minutos antes do acidente, às 21h53 locais, um dos motores se apaga e, três minutos depois, os quatro deixam de funcionar.
Às 21h57 locais, a tripulação se declara em emergência por "pane elétrica total" e "sem combustível", e o sinal do radar desaparece. Os pilotos pedem vetores para aterrissar e iniciam a descida a 9.000 pés - cerca de 1.000 pés abaixo da altitude mínima do setor.
O avião se choca com o Monte Gordo às 21h58 locais, a 50 km de Medellín, a uma velocidade de 115 nós (230 km/h em média).
"Estamos investigando o motivo pelo qual não reportam antes (a emergência)", completou Bonilla.
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