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Clubes mexicanos renunciam à disputa da Libertadores-2017

18/11/2016 21h41

México, 18 Nov 2016 (AFP) - Os clubes mexicanos anunciaram nesta sexta-feira que não disputarão a Copa Libertadores-2017, interrompendo 18 anos de participação consecutiva no maior torneio de clube da Conmebol, anunciou Enrique Bonilla, presidente executivo da Liga MX.

As datas das finais da nova edição da Libertadores, que será disputada entre fevereiro e novembro, entram em conflito com o calendário do Torneio Apertura-2017, mas a ausência mexicana poderia ser apenas temporária, declarou Bonilla em coletiva de imprensa.

O presidente da Liga MX afirmou confiar nos "bons ofícios" do presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, na mediação do conflito, "para que, no próximo conselho, seja possível que os clubes mexicanos voltem a fazer parte do torneio tão importante a partir de 2018".

Mas se a Conmebol "considerar que não é correto o que estamos colocando na mesa, teremos que agradecer infinitamente por ter nos permitido participar de seu torneio e estaremos sempre com as portas abertas para poder conversar e retomar qualquer tipo de relação", alertou Bonilla.

O dirigente explicou que o novo calendário da Copa Libertadores faria com que os clubes mexicanos disputassem 14 jogos em dois meses. "Não há clube que aguente um ritmo como esse", concluiu.

Após o anúncio da desistência mexicana, a Conmebol lamentou a decisão, mas também viu com bons olhos a possibilidade de um futuro acordo.

"O objetivo da Conmebol de introduzir mudanças na Copa Libertadores a partir de 2017 obedece a uma estratégia integral para melhorar substancialmente nossos torneios de clubes", explicou o presidente da entidade, Alejandro Domínguez.

"Entendemos os pedidos da Liga MX, entendo que um ano de transição, como será 2017, requer flexibilidade. As portas seguem abertas e quando recebermos as propostas detalhadas sobre o ano sabático que propõe (Enrique) Bonilla (presidente da Liga MX), analisaremos sua conveniência judiciosamente no Conselho Executivo", completou o presidente da Conmebol.