Islândia surpreende Inglaterra e encara França nas quartas da Euro
Nice, França, 27 Jun 2016 (AFP) - A Islândia, grande surpresa da Eurocopa-2016, fez mais uma vítima na competição, desta vez a badalada Inglaterra, vencendo de virada por 2 a 1, nesta segunda-feira em Nice, e se classificando às quartas de final, nas quais enfrentará a anfitriã França.
Os primeiros 20 minutos de jogo acabaram sendo decisivos para o resultado final da partida.
O capitão inglês Wayne Rooney foi responsável por abrir o placar aos 5, em cobrança de pênalti, mas a Islândia não demorou para dar o troco, empatando o jogo com Ragnar Sigurdsson, aos 6, e virando com Kolbeinn Sigthorsson, aos 18.
"A Inglaterra praticamente não criou chances. Eles pensavam que seria um jogo fácil, mas tínhamos muita confiança. Acho que entraram em pânico com o gol de empate e a virada logo em seguida", comentou Sigurdsson.
A vitória de virada da Islândia acabou sendo a maior zebra da Eurocopa-2016, num confronto que poderia ser definido como 'de opostos'.
Tidos como patinhos feios da competição antes do torneio, os islandeses não cansam de queimar a língua dos não crentes e, em sua primeira participação num torneio internacional, estão classificados às quartas de final, apesar de contar com uma equipe repleta de jogadores desconhecidos.
O próximo desafio dos 'guerreiros gelados' será outra gigante do futebol europeu, a França, no domingo no Stade de France de Saint-Denis, periferia de Paris.
"Se alguém me falasse há alguns anos que estaríamos nas quartas de final, eu nã acreditaria. Não existe nenhum obstáculo grande demais para esses garotos", vibrou o técnico Heimir Hallgrimsson.
Já a Inglaterra, dona da melhor campanha nas eliminatórias para a Eurocopa, com 100% de aproveitamento, e vista como uma das favoritas ao título, com seus badalados jogadores da Premier League, voltou a jogar abaixo das expectativas e sendo eliminada precocemente.
A derrota acabou sacramentando a demissão de Roy Hodgson, que não sobreviveu a mais uma frustração da Inglaterra. O país que inventou o futebol não vence um grande torneio internacional desde 1966, quando sediou e conquistou a Copa do Mundo.
Antes da partida, os torcedores e jogadores da Islândia admitiam abertamente serem grandes fãs do futebol inglês, que é transmitido com muito sucesso pela televisão do pequeno país nórdico.
Após esta vitória, porém, os ingleses é que deveriam começar a transmitir em território britânico jogos do Campeonato Islandês... Poderiam aprender alguns truques sobre como vencer jogos importantes.
- Virada relâmpago -O jogo começou a mil por hora e quem esperava uma Islândia retrancada, aguardando erros ingleses para contra-atacar, se equivocou.
Os islandeses entraram em campo decididos a marcar a saída de bola da Inglaterra e agredir o gol de Joe Hart. No primeiro ataque do jogo, porém, o tiro saiu pela culatra.
Aos 5 minutos, o veloz Raheem Sterling foi lançado atrás da linda de defesa da Islândia e acabou derrubado pelo goleiro Hannes Halldorsson dentro da área.
O capitão Wayne Rooney for para a cobrança e bateu forte e com precisão, colocando os favoritos ingleses à frente no placar logo no início do jogo.
Marcar um gol praticamente no primeiro ataque do jogo dava a impressão de que a Inglaterra iria passear. Grave engano.
A Islândia, maior surpresa da Euro-2016, acabou mostrando que não se classificou às oitavas de final por acaso e na base do talento -não da sorte- virou a partida.
Um minuto após sofrer o gol, os jogadores nórdicos deixaram tudo igual em jogada ensaiada de cobrança de lateral, que cruzou toda a área inglesa e foi parar nos pés do zagueiro Ragnar Sigurdsson, que não desperdiçou pegando de primeira.
Aos 18, os islandeses viraram o jogo com um gol digno de seleção brasileira, argentina, espanhola ou alemã. Após troca de passes envolvente no campo de ataque, Kolbeinn Sigthorsson recebeu na entrada da área inglesa, fintou Cahill e armou chute colocado que Joe Hart não conseguiu segurar.
Atordoada, a Inglaterra recolheu os cacos e tentou mostrar paciência e maturidade, não partindo ao ataque de maneira afobada em busca do empate.
Com isso, teve 65% da posse bola no primeiro tempo, mas poucas chances de igualar o placar.
Na melhor delas, Daniel Sturridge recebeu na ponta direita e cruzou para Harry Kane arriscar um belo voleio de dentro da área, mas Halldorsson defendeu, mandando para escanteio.
- Vitória épica -Esta paciência inglesa durou até os 10 minutos do segundo tempo, quando a Islândia quase ampliou com uma linda bicicleta de Sigurdsson que só não entrou porque a bola foi diretamente nas mãos de Joe Hart.
Vendo que o adversário realmente era de qualidade, Hodgson teve que mexer na equipe para tentar marcar um gol antes dos islandeses marcarem o terceiro, o que parecia ser questão de tempo.
Com isso, o técnico da Inglaterra colocou em campo o xodó da torcida, o atacante Jamie Vardy, para jogar ao lado do centro-avante Harry Kane, algo que Hodgson vinha se recusando a fazer ao acreditar que a equipe ficava desprotegida demais lá atrás.
O problema é que a Islândia é uma equipe muito sólida, que dá pouquíssimos espaços ao adversário e só foi tomar um susto aos 32, quando Kane apareceu na área para cabecear cruzamento de Jack Wilshere. Halldorsson foi buscar.
A organização islandesa acabou sendo vilã da emoção, não permitindo até o apito final que os ingleses armassem aquela famosa pressão do 'tudo ou nada', afastando todas as bolas alçadas na área pelos desesperados britânicos.
Ao fim do jogo, os jogadores da Islândia foram comemorar a vitória com a fanática torcida do país de 330.000 habitantes, que tinha 15.000 representantes dentro do estádio de Nice.
Os primeiros 20 minutos de jogo acabaram sendo decisivos para o resultado final da partida.
O capitão inglês Wayne Rooney foi responsável por abrir o placar aos 5, em cobrança de pênalti, mas a Islândia não demorou para dar o troco, empatando o jogo com Ragnar Sigurdsson, aos 6, e virando com Kolbeinn Sigthorsson, aos 18.
"A Inglaterra praticamente não criou chances. Eles pensavam que seria um jogo fácil, mas tínhamos muita confiança. Acho que entraram em pânico com o gol de empate e a virada logo em seguida", comentou Sigurdsson.
A vitória de virada da Islândia acabou sendo a maior zebra da Eurocopa-2016, num confronto que poderia ser definido como 'de opostos'.
Tidos como patinhos feios da competição antes do torneio, os islandeses não cansam de queimar a língua dos não crentes e, em sua primeira participação num torneio internacional, estão classificados às quartas de final, apesar de contar com uma equipe repleta de jogadores desconhecidos.
O próximo desafio dos 'guerreiros gelados' será outra gigante do futebol europeu, a França, no domingo no Stade de France de Saint-Denis, periferia de Paris.
"Se alguém me falasse há alguns anos que estaríamos nas quartas de final, eu nã acreditaria. Não existe nenhum obstáculo grande demais para esses garotos", vibrou o técnico Heimir Hallgrimsson.
Já a Inglaterra, dona da melhor campanha nas eliminatórias para a Eurocopa, com 100% de aproveitamento, e vista como uma das favoritas ao título, com seus badalados jogadores da Premier League, voltou a jogar abaixo das expectativas e sendo eliminada precocemente.
A derrota acabou sacramentando a demissão de Roy Hodgson, que não sobreviveu a mais uma frustração da Inglaterra. O país que inventou o futebol não vence um grande torneio internacional desde 1966, quando sediou e conquistou a Copa do Mundo.
Antes da partida, os torcedores e jogadores da Islândia admitiam abertamente serem grandes fãs do futebol inglês, que é transmitido com muito sucesso pela televisão do pequeno país nórdico.
Após esta vitória, porém, os ingleses é que deveriam começar a transmitir em território britânico jogos do Campeonato Islandês... Poderiam aprender alguns truques sobre como vencer jogos importantes.
- Virada relâmpago -O jogo começou a mil por hora e quem esperava uma Islândia retrancada, aguardando erros ingleses para contra-atacar, se equivocou.
Os islandeses entraram em campo decididos a marcar a saída de bola da Inglaterra e agredir o gol de Joe Hart. No primeiro ataque do jogo, porém, o tiro saiu pela culatra.
Aos 5 minutos, o veloz Raheem Sterling foi lançado atrás da linda de defesa da Islândia e acabou derrubado pelo goleiro Hannes Halldorsson dentro da área.
O capitão Wayne Rooney for para a cobrança e bateu forte e com precisão, colocando os favoritos ingleses à frente no placar logo no início do jogo.
Marcar um gol praticamente no primeiro ataque do jogo dava a impressão de que a Inglaterra iria passear. Grave engano.
A Islândia, maior surpresa da Euro-2016, acabou mostrando que não se classificou às oitavas de final por acaso e na base do talento -não da sorte- virou a partida.
Um minuto após sofrer o gol, os jogadores nórdicos deixaram tudo igual em jogada ensaiada de cobrança de lateral, que cruzou toda a área inglesa e foi parar nos pés do zagueiro Ragnar Sigurdsson, que não desperdiçou pegando de primeira.
Aos 18, os islandeses viraram o jogo com um gol digno de seleção brasileira, argentina, espanhola ou alemã. Após troca de passes envolvente no campo de ataque, Kolbeinn Sigthorsson recebeu na entrada da área inglesa, fintou Cahill e armou chute colocado que Joe Hart não conseguiu segurar.
Atordoada, a Inglaterra recolheu os cacos e tentou mostrar paciência e maturidade, não partindo ao ataque de maneira afobada em busca do empate.
Com isso, teve 65% da posse bola no primeiro tempo, mas poucas chances de igualar o placar.
Na melhor delas, Daniel Sturridge recebeu na ponta direita e cruzou para Harry Kane arriscar um belo voleio de dentro da área, mas Halldorsson defendeu, mandando para escanteio.
- Vitória épica -Esta paciência inglesa durou até os 10 minutos do segundo tempo, quando a Islândia quase ampliou com uma linda bicicleta de Sigurdsson que só não entrou porque a bola foi diretamente nas mãos de Joe Hart.
Vendo que o adversário realmente era de qualidade, Hodgson teve que mexer na equipe para tentar marcar um gol antes dos islandeses marcarem o terceiro, o que parecia ser questão de tempo.
Com isso, o técnico da Inglaterra colocou em campo o xodó da torcida, o atacante Jamie Vardy, para jogar ao lado do centro-avante Harry Kane, algo que Hodgson vinha se recusando a fazer ao acreditar que a equipe ficava desprotegida demais lá atrás.
O problema é que a Islândia é uma equipe muito sólida, que dá pouquíssimos espaços ao adversário e só foi tomar um susto aos 32, quando Kane apareceu na área para cabecear cruzamento de Jack Wilshere. Halldorsson foi buscar.
A organização islandesa acabou sendo vilã da emoção, não permitindo até o apito final que os ingleses armassem aquela famosa pressão do 'tudo ou nada', afastando todas as bolas alçadas na área pelos desesperados britânicos.
Ao fim do jogo, os jogadores da Islândia foram comemorar a vitória com a fanática torcida do país de 330.000 habitantes, que tinha 15.000 representantes dentro do estádio de Nice.
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