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Djokovic é centro das atenções às vésperas de Wimbledon

25/06/2016 20h07

Londres, 25 Jun 2016 (AFP) - Seja em entrevista, seja na boca dos adversários Roger Federer ou Andy Murray: O sérvio Novak Djokovic está em todos os lugares e é o centro das atenções em Wimbledon, onde o número 1 do mundo se prepara para tentar conquistar mais um Grand Slam.

Em entrevista à revista americana Times, o melhor tenista do mundo, campeão dos últimos quatro Grand Slams e que parece não ter rival à altura, afirmou não ser imbatível e lembrou dos anos de guerra que precisou superar quando era apenas uma criança na Sérvia.

Djokovic falou das dificuldades que ele e sua família passaram durante o conflito armado entre a guerrilha albanesa e as forças sérvias em 1998-99, quando a Otan tomou o lado dos albaneses e bombardeou o território sérvio.

"Nós crescemos em condições muito duras, o que é importante para entender nosso caminho", explicou 'Djoko', que na época da guerra tinha 12 anos e chegou a passar 78 dias seguidos em abrigo de refugiados para fugir das bombas.

"Sanções, guerra, bombardeios, crise econômica. Eu não pude disputar muitos torneios juniors devido à falta de dinheiro dos meus país. Essas experiências nos moldaram. Acho que apreciamos mais as coisas, nós saímos lá de baixo", explicou o melhor tenista da atualidade.

Até mesmo quando não está presente, Djokovic é assunto no mundo do tênis.

A lenda viva suíça do esporte, Roger Federer, número 3 do mundo, colocou o sérvio como grande favorito ao título em Wimbledo, ao lado do britânico Andy Murray.

"Eu não estou pensando no título no momento. Novak e Andy são os favoritos para mim. Eles foram fantásticos neste últimos meses. Eles estão entre os melhores", elogiou Federer, derrotado por Djokovic nas últimas duas finais em Wimbledon.

Murray também se pronunciou neste domingo e o rival sérvio foi tema.

Para o britânico, o mais impressionante nos números de Djokovic é a regularidade.

"Objetivamente, ele sempre joga bem. Ele não tem fraquezas em seu jogo. Ele faz tudo bem", afirmou Murray, derrotado por Djokovic neste ano nas finais do Aberto da Austrália e em Roland Garros.

am