Desgaste físico das estrelas prejudica espetáculo da Euro
Paris, 23 Jun 2016 (AFP) - Alguns já disputaram mais de 60 jogos nesta temporada, outros estão chegando perto: com o desgaste acumulado com seus clubes, as principais estrelas não conseguem ter o mesmo brilho com suas seleções na Eurocopa.
"Quando um jogador atua em mais de 50 jogos por ano, ele acaba sofrendo fisicamente", explica à AFP Jean-Jacques Amprino, ex-médico do Lyon.
Há três semanas, o Real Madrid venceu o Atlético na final da Liga dos Campeões com 100% de aproveitamento na disputa de pênaltis.
Na Euro, porém, dois jogadores 'merengues' desperdiçaram penalidades máximas: o capitão Sergio Ramos, que bateu em cima do goleiro na derrota por 2 a 1 da Espanha para a Croácia, e o astro português Cristiano Ronaldo, que acertou a trave contra a Áustria (0-0).
CR7, que já tinha disputado a final da Champions no sacrifício, demorou para desencantar nessa Euro. Precisou esperar 237 minutos para anotar seu primeiro gol, tornando-se o primeiro da história a balançar as redes em quatro edições do torneio.
O segundo gol saiu 12 minutos depois, mas o craque mostrou sinais da cansaço, com uma falta de pontaria bastante incomum ao longo da primeira fase.
Para outros astros a seca continua. Zlatan Ibrahimovic, Robert Lewandowski, David Alaba ou Kevin De Bruyne, ainda não deixaram sua marca, sendo que Alaba e Ibra já se despediram do torneio.
- Rodízio - "Não tenho resposta sobre o desempenho decepcionante de De Bruyne. Só posso dizer que ele está cansado depois de uma temporada desgastante com seu clube", lamentou o técnico belga Marc Wilmots, após a derrota por 2 a 0 para a Itália na estreia da competição.
De acordo com os especialistas, não existe receita para ajudar a recuperação dos craques. A única solução pode ser o rodízio, mas nem sempre os técnicos podem se dar o luxo de poupar os titulares.
"Se o técnico perceber que é possível poupar alguns jogadores, se ele considerar o adversário mais fácil, por exemplo, ele muda a equipe, mas não é algo fácil", ressalta o doutor Amprino.
O técnico da seleção francesa, Didier Deschamps, fez essa aposta na segunda rodada contra a Albânia, deixando no banco Antoine Griezmann e Paul Pogba. Griezmann acabou entrando no segundo tempo e foi decisivo, ao marcar o primeiro gol da vitória por 2 a 0 dos 'Bleus'.
Já o técnico italiano, Antonio Conte, poupou oito titulares na última rodada, contra a Irlanda. A 'Nazionale' só jogava para cumprir tabela, por ter garantido o primeiro lugar da sua chave logo na segunda rodada, e acabou perdendo por 1 a 0 para a Irlanda.
- Temporada em xeque -Outro fator determinante é o tempo de recuperação entre as partidas, com intervalo de 3 a 4 dias. "É importante cuidar dos atletas com fisioterapeutas, osteopatas, e com banhos de gelo", lembra Alexandre Marles, ex-diretor de desempenho do Paris Saint-Germain, que fez parte da comissão técnica da seleção francesa durante a Euro-2012.
Para o doutor Amprino, Gareth Bale e Dimitri Payet se destacaram nessa Euro porque tiveram a "sorte" de sofrer lesões que os afastaram por um tempo dos gramados nesta temporada. "É o mal necessário que permite descansar os jogadores", justifica.
Para os atletas que vão longe na competição, o período de férias antes da próxima temporada de clubes acaba sendo reduzido, com risco de comprometer o desempenho futuro.
"Um longo torneio de seleções pode colocar em xeque a temporada seguinte. Os jogadores podem estar numa condição física pior em setembro ou outubro do que antes da Euro", analisa Marles.
"Quando um jogador atua em mais de 50 jogos por ano, ele acaba sofrendo fisicamente", explica à AFP Jean-Jacques Amprino, ex-médico do Lyon.
Há três semanas, o Real Madrid venceu o Atlético na final da Liga dos Campeões com 100% de aproveitamento na disputa de pênaltis.
Na Euro, porém, dois jogadores 'merengues' desperdiçaram penalidades máximas: o capitão Sergio Ramos, que bateu em cima do goleiro na derrota por 2 a 1 da Espanha para a Croácia, e o astro português Cristiano Ronaldo, que acertou a trave contra a Áustria (0-0).
CR7, que já tinha disputado a final da Champions no sacrifício, demorou para desencantar nessa Euro. Precisou esperar 237 minutos para anotar seu primeiro gol, tornando-se o primeiro da história a balançar as redes em quatro edições do torneio.
O segundo gol saiu 12 minutos depois, mas o craque mostrou sinais da cansaço, com uma falta de pontaria bastante incomum ao longo da primeira fase.
Para outros astros a seca continua. Zlatan Ibrahimovic, Robert Lewandowski, David Alaba ou Kevin De Bruyne, ainda não deixaram sua marca, sendo que Alaba e Ibra já se despediram do torneio.
- Rodízio - "Não tenho resposta sobre o desempenho decepcionante de De Bruyne. Só posso dizer que ele está cansado depois de uma temporada desgastante com seu clube", lamentou o técnico belga Marc Wilmots, após a derrota por 2 a 0 para a Itália na estreia da competição.
De acordo com os especialistas, não existe receita para ajudar a recuperação dos craques. A única solução pode ser o rodízio, mas nem sempre os técnicos podem se dar o luxo de poupar os titulares.
"Se o técnico perceber que é possível poupar alguns jogadores, se ele considerar o adversário mais fácil, por exemplo, ele muda a equipe, mas não é algo fácil", ressalta o doutor Amprino.
O técnico da seleção francesa, Didier Deschamps, fez essa aposta na segunda rodada contra a Albânia, deixando no banco Antoine Griezmann e Paul Pogba. Griezmann acabou entrando no segundo tempo e foi decisivo, ao marcar o primeiro gol da vitória por 2 a 0 dos 'Bleus'.
Já o técnico italiano, Antonio Conte, poupou oito titulares na última rodada, contra a Irlanda. A 'Nazionale' só jogava para cumprir tabela, por ter garantido o primeiro lugar da sua chave logo na segunda rodada, e acabou perdendo por 1 a 0 para a Irlanda.
- Temporada em xeque -Outro fator determinante é o tempo de recuperação entre as partidas, com intervalo de 3 a 4 dias. "É importante cuidar dos atletas com fisioterapeutas, osteopatas, e com banhos de gelo", lembra Alexandre Marles, ex-diretor de desempenho do Paris Saint-Germain, que fez parte da comissão técnica da seleção francesa durante a Euro-2012.
Para o doutor Amprino, Gareth Bale e Dimitri Payet se destacaram nessa Euro porque tiveram a "sorte" de sofrer lesões que os afastaram por um tempo dos gramados nesta temporada. "É o mal necessário que permite descansar os jogadores", justifica.
Para os atletas que vão longe na competição, o período de férias antes da próxima temporada de clubes acaba sendo reduzido, com risco de comprometer o desempenho futuro.
"Um longo torneio de seleções pode colocar em xeque a temporada seguinte. Os jogadores podem estar numa condição física pior em setembro ou outubro do que antes da Euro", analisa Marles.
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