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Mesmo sem Neymar, Brasil é favorito no Grupo B da Copa América

25/05/2016 18h26

Lima, 25 Mai 2016 (AFP) - Embora desfalcado no ataque da magia de Neymar, o Brasil é favorito no Grupo B da Copa América do Centenário, que contará, ainda, com um Equador em alta e uma seleção peruana rejuvenescida.

O Haiti, o patinho feio da Copa, viaja aos Estados Unidos com o intuito de fazer um papel digno nesta chave.

O técnico Dunga apostou em uma equipe jovem, com apenas três sobreviventes do 'Maracanazen', como ficou conhecido o vexame da Copa do Mundo de 2014, com o torneio olímpico no horizonte.

Neymar foi autorizado por seu clube, o Barcelona, a jogar exclusivamente no Rio em agosto, quando o Brasil vai tentar o primeiro ouro olímpico de sua história, o único grande título que falta para a seleção.

Com esta ausência, o volante Casemiro é o principal destaque, recompensado pela boa temporada no Real Madrid, no qual disputará a final da Liga dos Campeões em 28 de maio contra o Atlético de Madrid de Filipe Luís, também convocado.

Casemiro, que ganhou a confiança de Zinedine Zidane no Real Madrid, já esteve na Copa América do Chile no ano passado, ao final de seu empréstimo ao Porto, mas foi reserva e não jogou nem um minuto. Desde então, não tinha voltado à 'Seleção'.

Os sete jogadores em idade olímpica que viajarão para disputar a Copa América cobrem quase todas as posições: do gol de Ederson, à zaga de Rodrigo Caio e Marquinhos, às laterais de Fabinho e Douglas Santos, ao meio-campo de Rafinha Alcântara e ao ataque do Santos, Gabriel Barbosa e 'Gabigol'.

Filipe Luís, Dani Alves, William e Douglas Costa serão peças-chave da seleção que tem oito títulos de Copa América no currículo. O último foi conquistado em 2007. Mas seu presente é totalmente diferente: por enquanto, está fora da zona de classificação para a Copa da Rússia-2018.

O Brasil será cabeça do grupo B nos Estados Unidos e estreará em 4 de junho contra o Equador. Em seguida, enfrentará Haiti (8/6) e Peru (12/6).

Cuidado com o EquadorAo contrário, o Equador, sob o comando do técnico Gustavo Quinteros, passa por um grande momento nas classificatórias sul-americanas para a Rússia, pois divide a liderança com o Uruguai. Agora, tentará quebrar a escrita de nunca ter ganhado um título nos cem anos da Copa América.

Nas últimas edições, a Tricolor não conseguiu nem mesmo passar da fase de grupos.

"A história do Equador na Copa é ruim. Desta vez, o torneio chega em um bom momento porque agora a Tri funciona como equipe", disse Quinteros à imprensa.

O técnico convocou para esta edição catorze jogadores que atuam em times estrangeiros. A principal ausência será a do artilheiro Felipe Caicedo, do Espanyol catalão, devido à lesão.

'Felipão', que juntamente com o paraguaio Darío Lezcano lidera com 4 gols a tabela de artilheiros do classificatório sul-americano para a Copa do Mundo, sofreu uma lesão muscular na perna direita em 8 de maio e ficará fora de combate durante um mês.

Na escalação integrada por Quinteros, destacam-se o volante Antonio Valencia (Manchester United, Inglaterra) e o atacante Enner Valencia (West Ham, Inglaterra). Os outros doze selecionados jogam em times de Argentina, Brasil, Estados Unidos, Hungria, Inglaterra, México e Rússia.

Seleção peruana de cara novaCom dois títulos em sua história (1939 e 1975), o Peru chega à competição sem seus antigos craques e conta com o desempenho de seu maior artilheiro, Paolo Guerrero, e jogadores jovens. A seleção inca, sob a direção do argentino Ricardo Gareca, estreará contra o Haiti em 4 de junho na cidade de Seattle (noroeste).

Guerrero, 'El Depredador', é o jogador em atividade com mais gols na Copa América, com dez anotações.

"Nosso objetivo imediato na Copa América é nos classificar (para a segunda rodada). Estou certo de que vamos fazer um bom papel", disse Gareca em coletiva de imprensa em Lima.

"Temos jogadores excelentes e com experiência suficiente, são jovens com muitas partidas. Considero que não estamos em desvantagem com outras equipes", afirmou o treinador, que deixou de lado, devido ao baixo rendimento, os atacantes Claudio Pizarro, Jefferson Farfán e André Carrillo, e os zagueiros Carlos Zambrano e Juan Manuel Vargas.

Enquanto isso, a seleção do Haiti, comandada pelo francês Patric Neveu, chega como a mais fraca de toda a competição. Sem chances de ir para a Rússia-2018 por ser o último colocado em seu grupo, Neveu convocou nove jogadores da segunda e terceira divisões.

'Los Granaderos' fizeram uma boa Copa de Ouro e ganharam na repescagem o quinto lugar da Concacaf para participar da Copa América.