Rudisha, a passadas largas rumo ao bi no Rio-2016
Iten, Quênia, 19 Jan 2016 (AFP) - Atual campeão olímpico dos 800 m, o queniano David Rudisha deixou para trás os problemas de lesão e reencontrou a serenidade com o título mundial de Pequim, no ano passado, primeira etapa rumo à busca de mais uma medalha de ouro olímpica, em agosto, no Rio de Janeiro.
O recordista mundial (1:40.91) tentará se tornar o quarto atleta da historia a subir no lugar mais alto do pódio dos 800 m em duas olimpíadas seguidas, depois do britânico Douglas Lowe (1924, 1928), do americano Mal Whitfield (1948, 1952) e do neo-zelandês Peter Snell (1960, 1964).
Ídolo nacional, Rudisha provou ao mundo que o Quênia, conhecido por ser o berço de grandes maratonistas, também é capaz de brilhar em distâncias mais curtas.
Como acontece em todo início de ano, o atleta de 27 anos está preparando a temporada em Iten, sua cidade natal, no oeste do país, sob o olhar de Colm O'Connell, o frei irlandês que descobriu e lapidou seu talento.
No campo de treinamento da Saint Patrick High School, um simples gramado sem raias definidas, o astro exibe sua passada ampla em meio aos estudantes que acabaram de deixar a sala de aula.
"O orgulho da África", como foi chamado depois de conquistar o ouro em Londres, está apenas iniciando os trabalhos físicos e só começará a treinar numa pista de verdade daqui a algumas semanas.
Rudisha, que também se sagrou campeão mundial em 2011, sofreu uma grave lesão no joelho depois do triunfo na capital inglesa e só conseguiu voltar ao seu melhor nível em agosto do ano passado, em Pequim.
"Por enquanto, estou bem. Meu corpo está respondendo bem", explica o atleta à AFP. "Foi difícil superar este problema no joelho, tando fisica quanto mentalmente. Mas o título mundial na China é um bom indício de que estou de volta", garante o queniano.
'Sem atalhos para o sucesso'"Ás vezes, os treinos são um pouco cansativos, porque ainda sinto essa dor forte. Mas é apenas uma questão de equilíbrio. Fazer a coisa certa, escutar o corpo e treinar corretamente", analisa.
O'Connell também vê o ouro conquistado em Pequim como algo fundamental para devolver a confiança ao seu pupilo.
"O ano de 2015 foi importante, porque o segundo título mundial colocou ele de volta entre os melhores corredores de 800 m", avalia o treinador.
"David nunca temeu pela sua carreira. Ele já tinha sofrido lesões no passado e sabia que era apenas uma questão de tempo", lembra.
Mesmo assim, o irlandês está longe de acreditar que o segundo ouro olímpico já está no bolso. "Na sua ausência, vários novos atletas ganharam espaço e mostraram suas pretensões", alerta.
Os principais rivais no caminho do bi são Nijel Amos, de Botsuana, que o derrotou várias vezes em 2015 na Liga de Diamante, o etíope Mohammed Aman, campeão Mundial em Moscou-2013, durante a ausência do queniano, e o bósnio Amel Tuka, bronze em Pequim-2015.
"Sei que será complicado, porque tudo mundo está correndo atrás dessa medalha de ouro, mas vou dar meu melhor. Seria algo excepcional", projeta Rudisha.
Focado 100% no Rio, o campeão olímpico vai escolher suas provas a dedo para fazer a melhor preparação possível. "Ele fará apenas corridas boas, de qualidade, todas com um objetivo específico, para sempre aprender algo sobre seu estado de forma até os Jogos", ressalta O?Connel.
Enquanto isso, Rudisha se orgulha por ser um espelho para os jovens companheiros de treino. "Eles estão vendo que não existe atalho para o sucesso. Você precisa apenas trabalhar duro, e, se for talentoso, terá uma boa carreira", avisa, antes de alertar para os perigos de doping, uma praga cada vez mais presente no atletismo queniano.
"Correr é uma paixão, algo que vem do coração. Se vocês respeitar os outros, não acho que tenha que tentar tomar o lugar deles a qualquer custo", completa.
aik-cyb/dhe/lg
O recordista mundial (1:40.91) tentará se tornar o quarto atleta da historia a subir no lugar mais alto do pódio dos 800 m em duas olimpíadas seguidas, depois do britânico Douglas Lowe (1924, 1928), do americano Mal Whitfield (1948, 1952) e do neo-zelandês Peter Snell (1960, 1964).
Ídolo nacional, Rudisha provou ao mundo que o Quênia, conhecido por ser o berço de grandes maratonistas, também é capaz de brilhar em distâncias mais curtas.
Como acontece em todo início de ano, o atleta de 27 anos está preparando a temporada em Iten, sua cidade natal, no oeste do país, sob o olhar de Colm O'Connell, o frei irlandês que descobriu e lapidou seu talento.
No campo de treinamento da Saint Patrick High School, um simples gramado sem raias definidas, o astro exibe sua passada ampla em meio aos estudantes que acabaram de deixar a sala de aula.
"O orgulho da África", como foi chamado depois de conquistar o ouro em Londres, está apenas iniciando os trabalhos físicos e só começará a treinar numa pista de verdade daqui a algumas semanas.
Rudisha, que também se sagrou campeão mundial em 2011, sofreu uma grave lesão no joelho depois do triunfo na capital inglesa e só conseguiu voltar ao seu melhor nível em agosto do ano passado, em Pequim.
"Por enquanto, estou bem. Meu corpo está respondendo bem", explica o atleta à AFP. "Foi difícil superar este problema no joelho, tando fisica quanto mentalmente. Mas o título mundial na China é um bom indício de que estou de volta", garante o queniano.
'Sem atalhos para o sucesso'"Ás vezes, os treinos são um pouco cansativos, porque ainda sinto essa dor forte. Mas é apenas uma questão de equilíbrio. Fazer a coisa certa, escutar o corpo e treinar corretamente", analisa.
O'Connell também vê o ouro conquistado em Pequim como algo fundamental para devolver a confiança ao seu pupilo.
"O ano de 2015 foi importante, porque o segundo título mundial colocou ele de volta entre os melhores corredores de 800 m", avalia o treinador.
"David nunca temeu pela sua carreira. Ele já tinha sofrido lesões no passado e sabia que era apenas uma questão de tempo", lembra.
Mesmo assim, o irlandês está longe de acreditar que o segundo ouro olímpico já está no bolso. "Na sua ausência, vários novos atletas ganharam espaço e mostraram suas pretensões", alerta.
Os principais rivais no caminho do bi são Nijel Amos, de Botsuana, que o derrotou várias vezes em 2015 na Liga de Diamante, o etíope Mohammed Aman, campeão Mundial em Moscou-2013, durante a ausência do queniano, e o bósnio Amel Tuka, bronze em Pequim-2015.
"Sei que será complicado, porque tudo mundo está correndo atrás dessa medalha de ouro, mas vou dar meu melhor. Seria algo excepcional", projeta Rudisha.
Focado 100% no Rio, o campeão olímpico vai escolher suas provas a dedo para fazer a melhor preparação possível. "Ele fará apenas corridas boas, de qualidade, todas com um objetivo específico, para sempre aprender algo sobre seu estado de forma até os Jogos", ressalta O?Connel.
Enquanto isso, Rudisha se orgulha por ser um espelho para os jovens companheiros de treino. "Eles estão vendo que não existe atalho para o sucesso. Você precisa apenas trabalhar duro, e, se for talentoso, terá uma boa carreira", avisa, antes de alertar para os perigos de doping, uma praga cada vez mais presente no atletismo queniano.
"Correr é uma paixão, algo que vem do coração. Se vocês respeitar os outros, não acho que tenha que tentar tomar o lugar deles a qualquer custo", completa.
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