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20/04/2010 - 14h35

Baresi - Líbero de classe

Considerado um dos melhores líberos do mundo, junto com Franz Beckenbauer e Gaetano Scirea, Franco Baresi se destacou pela fidelidade ao clube em que iniciou sua carreira, o Milan, pelo qual disputou 713 partidas. Um currículo extraordinário para um jogador que, em 1974, aos 14 anos, foi considerado muito magro e frágil pelos dirigentes de Atalanta e Inter, que o dispensaram.

Chegou a Milanello, centro de formação do seu futuro clube, e os dirigentes logo reconheceram as qualidades de zagueiro do jovem Baresi. Em julho de 1977, ele já tinha passado por todas as categorias quando o treinador sueco Niels Liedholm decidiu levá-lo à equipe principal, em que disputou posição com nomes como Gianni Rivera, Enrico Albertini e Fabio Capello, que mais tarde o dirigiu como treinador.

Demorou quase um ano para Baresi se tornar titular: ele estreou em 23 de abril de 1978, num 2-1 contra o Verona, e se seguiram 20 anos de carreira, durante os quais viveu unicamente para o Milan.

O pênalti, seu pesadelo Durante "sua" Copa do Mundo, em 1990, Baresi, no auge da forma, disputou sete partidas, mas não a final. No caminho, os italianos cruzaram com Maradona e companhia. Depois do empate em 1-1 na prorrogação, o jogo foi para os pênaltis. Baresi marcou o seu, mas Donadoni e Serena falharam, e a Itália ficou em terceiro.

Para Baresi, o pênalti que desperdiçou contra o Brasil na final da Copa de 1994 teve um peso enorme, já que, apesar de ter sido considerado campeão do mundo em 1982, não jogou nem um minuto naquela Copa. Segundo Romário, a marcação a que foi submetido pelo italiano na final de 1994 foi a mais implacável que já sofreu.

Tanto em 1995 quanto em 1996, Baresi quis pôr fim à carreira, mas diante da pressão do presidente do Milan, o todo-poderoso Silvio Berlusconi, acabou desistindo da ideia.

Em junho de 1997, após ter recusado ofertas de Real Madrid, Manchester United e New York-New Jersey MetroStars, deixou finalmente o único clube em que jogou. Em sua homenagem, o Milan aposentou para sempre a camisa número seis.

Em julho de 2002, Baresi cruzou o Canal da Mancha para se ocupar da direção de esportes do Fulham, da Inglaterra, propriedade de Mohammed al-Fayed. Em conflito com o manager francês, o ex-jogador Jean Tigana, deixou o clube três meses depois para voltar a treinar as equipes juvenis do Milan, clube do qual também é vice-presidente honorário.

- FICHA TÉCNICA:

Baresi, Franco - Itália - 08/05/1960 - (Travagliato, Itália)

1,76 m - 70 kg

Posição - Zagueiro

Clube - Milan (1978-1997)

Partidas pela seleção - 81 (1982-1994 - 31 vezes capitão)

Estreia pela seleção - 4/12/82, Itália-Romênia (0-0)

Última partida pela seleção - 7/09/94, Eslovênia-Itália (1-1)

Gols pela seleção - 1 (de pênalti)

Gol único pela seleção - 26/2/1988, Itália-URSS (4-1)

Copa do Mundo - 4 participações (1982, 1986, 1990, 1994), 13 jogos - Campeão (1982, sem jogar), finalista (1994), terceiro lugar (1990)

Copa da Europa de Clubes Campeões (atual Liga dos Campeões) - Tricampeão (1989, 1990, 1994), finalista (1993, 1995) Supercopa da Europa - Tricampeão (1990, 1991, 1994)

Mundial Interclubes - Bicampeão (1989, 1990), finalista (1993, 1994)

Campeonato Italiano - Hexacampeão (1979, 1988, 1992, 1993, 1994, 1996)

Carreira como treinador e dirigente:

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