Mundial paralímpico: Verônica vai ao pódio em dia de 14 medalhas do Brasil

O Brasil conquistou três medalhas de ouro em 14 pódios no quarto dia de Mundial de atletismo paralímpico, que acontece em Nova Déli, na Índia. O torneio vai até o próximo domingo.

Ricardo Mendonça, nos 200m T37 (paralisados cerebrais), Yeltsin Jacques nos 1.500m T11 (deficiência visual) e Claudiney Batista no lançamento de disco F56 (que competem sentados) foram campeões. Verônica Hipólito levou o bronze nos 100m T36 (paralisados cerebrais)

Com os resultados, o Brasil chegou a 27 medalhas no total assumiu a liderança do quadro de medalhas.

Tetra e dobradinhas

Claudiney Batista confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco F56, com 45,67m. Foi o quarto título do mineiro em Mundiais. Ele havia vencido a mesma prova em Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024.

Com certeza, vinha buscando esse tetracampeonato, mas fica o gostinho de despedida, tomara que no futuro essa prova possa voltar, o fim dessa prova é triste para nossa categoria. Um clima bem tenso [na Índia], hidratação, alimentação, felizmente não tive problema, deu tudo certo o tetracampeonato para o Brasil, quero agradecer todo o pessoal do CPB pelo suporte que dá, agora é pensar em nova prova, vou treinar mais.
Claudiney, ao site do CPB

Ricardo Mendonça, Bartolomeu Chaves celebram medalhas no Mundial de atletismo paralímpico
Ricardo Mendonça, Bartolomeu Chaves celebram medalhas no Mundial de atletismo paralímpico Imagem: Cris Mattos/CPB

Na disputa dos 200m T37, dobradinha brasileira. Ricardo Mendonça levou ouro, ao completar a prova em 22s77, e Bartolomeu Chaves conquistou a prata, com 23s10. O russo Andrei Vdovin ficou com o bronze.

Este foi o segundo ouro de Ricardo neste Mundial. Ele alcançou o topo do pódio também nos 100m T37 — prova em que se tornou tricampeão mundial.

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A delegação verde e amarela ainda viu mais uma dobradinha no pódio, agora nos os 1.500m T11. Yeltsin Jacques e Júlio César Agripino conquistaram o ouro e prata, respectivamente.

Júlio era o atual campeão mundial da prova, enquanto Yeltsin havia sido ouro na mesma prova em Paris 2023.

Medalhas e recordes

Verônica Hipólito conquistou o bronze nos 100m T36, com o tempo de 14s77. A vencedora da prova foi a neozelandesa Danielle Aitchison, que completou em 13s43.

A brasileira também havia sido bronze nesta prova na edição de Kobe 2024. Esta foi a quarta medalha dela em Mundiais.

João Matos Cunha, atleta mais novo da delegação brasileira em Nova Déli, com 17 anos e 10 meses, conquistou a prata nos 100m T72 (petra) — anteriormente, também havia sido prata nos 400m.

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Beth Gomes e Daniel Martins subiram ao pódio com a prata nas provas do arremesso de peso F53 e 100m T20 (deficiência intelectual).

Matheus de Lima ficou com a prata nos 100m T44 (deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese). Ele correu a prova em 10s99, novo recorde das Américas. O vencedor da disputa foi o saudita Naif Almasrahi, que fez 10s94, novo recorde mundial.

Edenilson Floriani celebra medalha e recorde mundial no Mundial de atletismo paralímpico
Edenilson Floriani celebra medalha e recorde mundial no Mundial de atletismo paralímpico Imagem: Cris Mattos/CPB

Rayane Soares, por sua vez, ficou na segunda colocação nos 200m T13 (deficiência visual), com o tempo de 25s24, sendo superada pela irlandesa Orla Comerford, que fez 24s71.

Edenilson Floriani ficou com o bronze no lançamento de dardo F44 (deficiência nos membros inferiores) e bateu o recorde mundial da sua classe com 62,36m na sua última tentativa — a prova era agrupada com outras classes com atletas com deficiência menos severas. O indiano Sandip Sanjay Sargar, com 62,82m. A medalha de prata ficou com o também indiano Sandeep, que fez 62,67m.

Fabrício Ferreira conquistou a medalha de bronze nos 100m T13 (deficiência visual) e Giovanna Boscolo ficou na terceira colocação no lançamento de club F32 (paralisados cerebrais).

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