Atleta dos Jogos da Juventude supera depressão e mostra força no handebol
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Ele tinha apenas 10 anos quando recebeu o diagnóstico: depressão. Victor Gabriel Silva, de 16 anos, do Pará, conheceu cedo o peso de pensar que tudo era escuridão.
Mas foi no handebol que ele achou uma saída — um espaço para respirar e se fazer forte.
Dentro de casa nós passamos por muitas dificuldades e, desde muito novo, eu já tinha depressão. No colégio, eu estava estudando quando o técnico me viu jogando na educação física e me chamou para treinar.
Victor Gabriel
Treinar virou mais do que rotina: tornou-se esperança. Victor conta que "fui, treinei e tomei gosto. Encontrei a motivação e minha cabeça melhorou muito. Hoje eu estou bem, graças a Deus."
Agora, nos Jogos da Juventude em Brasília 2025, ele chega com brilho nos olhos, agradecimento no peito e o sonho de carreira no coração. "É muito gratificante estar aqui. Quando cheguei, meus olhos brilharam. Tem olheiros e isso é um peso, mas me motiva a querer jogar ainda melhor."
A história de Victor mostra algo que cada vez mais o esporte tem entendido: não basta cuidar do corpo, é preciso cuidar também da mente. Nos Jogos da Juventude, essa preocupação virou prática. Uma equipe de psicólogos acompanha os atletas, oferecendo escuta, orientação e até intervenções rápidas nos momentos de maior pressão.
O atendimento é feito em espaços reservados e longe do barulho das quadras, justamente para que os jovens se sintam acolhidos. Não é raro que atletas busquem esse suporte antes de competir, em crises de ansiedade ou até depois de jogos mais duros.
"É uma ajuda que faz diferença imediata. Muitos atletas chegam inseguros, com medo de errar. O trabalho é mostrar que sentir isso é natural e que a forma de lidar pode transformar o rendimento", explica a psicóloga responsável pelo atendimento.
Esse suporte psicológico é visto como tão essencial quanto a fisioterapia ou os atendimentos médicos. Afinal, um jovem de 14, 15 ou 16 anos que encara a pressão de representar seu estado, competir diante de olheiros e lidar com expectativas precisa de equilíbrio para conseguir mostrar tudo o que treinou.
Em muitos casos, como no de Victor, o esporte em si já é uma forma de tratamento — mas ter profissionais prontos para acolher e orientar garante que a trajetória desses adolescentes seja mais saudável. Nos Jogos, cada conversa, cada palavra de incentivo, pode ser a chave para que eles sigam acreditando no futuro.



















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