Brasil tenta manter hegemonia histórica no Mundial de Surfe em casa

O palco é o mesmo, a torcida também. E os números não deixam dúvidas: surfar em casa tem feito toda a diferença para os brasileiros no Mundial de Surfe. A partir deste sábado, a elite da WSL entra na água para a nona etapa da temporada, em Saquarema (RJ), com um histórico recente que não dá margem para dúvidas — o Brasil venceu as últimas seis edições da etapa nacional e chega embalado para tentar ampliar essa hegemonia.

Se olharmos um pouco mais para trás, o domínio segue firme: nas últimas oito edições, foram sete vitórias brasileiras. O último estrangeiro a erguer o troféu em ondas brasileiras foi John John Florence, em 2016. Naquela temporada, o havaiano superou Adriano de Souza na semifinal e Jack Freestone na decisão, antes de conquistar seu primeiro título mundial.

De lá pra cá, só deu Brasil:

  • 2017 - Adriano de Souza, batendo o australiano Adrian Buchan;
  • 2018 - Filipe Toledo, vencendo Wade Carmichael;
  • 2019 - Filipe Toledo, superando Jordy Smith, hoje líder do ranking;
  • 2022 - Filipe Toledo, contra Samuel Pupo na final;
  • 2023 - Yago Dora, vencendo Ethan Ewing;
  • 2024 - Italo Ferreira, em uma final 100% brasileira contra Yago Dora.

Favoritos

E se alguém quiser apostar em favoritismo este ano, é bom prestar atenção nesses três nomes.

Campeão recente da etapa, Yago Dora chega embalado por uma vitória dominante em Trestles (EUA) e ocupa hoje a vice-liderança do ranking, logo atrás de Jordy Smith.

Italo Ferreira, campeão olímpico e mundial, aparece em quarto e quer garantir de vez sua vaga no WSL Finals, que acontece em Fiji.

Continua após a publicidade

Já Filipe Toledo, rei das etapas brasileiras, campeão também em 2015, está em oitavo — mas seu histórico no Brasil o coloca automaticamente na lista dos favoritos.

Decisão se aproxima

A etapa de Saquarema é a antepenúltima da temporada regular e, portanto, importante para quem quer estar entre os cinco mais bem colocados do ano e disputar o título mundial no Finals, em setembro.

No feminino, jejum histórico

Se no masculino o Brasil coleciona conquistas em casa, o cenário do feminino é bem diferente. A única vitória brasileira em etapas da elite no país aconteceu há 25 anos, com Andrea Lopes, em 1999. Desde então, o país não conseguiu repetir o feito.

Quem tem reinado por aqui é a jovem Caitlin Simmers. A atual campeã mundial venceu as duas últimas edições da etapa brasileira (2023 e 2024) e chega embalada para tentar o tricampeonato consecutivo nas ondas de Saquarema.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.