Atletas de basquete do Senegal têm visto para treinos nos EUA negado
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Integrantes da delegação da seleção feminina de basquete do Senegal não conseguiram vistos para os Estados Unidos. A viagem ao país norte-americano tinha como objetivo um período de treinos visando à participação no Afrobasket, torneio da federação internacional que vai acontecer entre 26 de julho e 3 de agosto, na Costa do Marfim.
A Embaixada só emitiu vistos para aquelas que já possuíam visto de entrada nos Estados Unidos e tratava-se de pedidos de renovação. Os novos pedidos foram rejeitados, entre eles, cinco jogadoras que estão atualmente em Dakar.
Babacar Ndiaye, presidente da Federação Senegalesa de Basquete, à IGFM
Segundo o presidente da federação nacional, a entidade conversa com a comissão técnica para buscar soluções. Ndiaye apontou que Senegal ficaria 10 dias nos Estados Unidos, e não descarta a possibilidade de que o grupo trabalhe separadamente durante esse período.
A federação está trabalhando com o treinador em uma solução definitiva. As consequências não são tão drásticas, visto que se tratava apenas de passar 10 dias nos Estados Unidos. Há 11 jogadoras com a possibilidade de fazer esse estágio e 12 livres. Elas podem ficar em Dakar para trabalhar com os dois assistentes técnicos durante esses dias.
"A partir de 3 de julho, todos vão se reunir em Dakar para trabalhar até o dia 24. Isso nos dará três semanas de trabalho, o que é suficiente para a preparação, se somarmos os dez dias compartilhados entre os Estados Unidos e o Senegal", completou.
Babacar Ndiaye reforçou que a decisão será em conjunto com o técnico. "Também estamos trabalhando com a possibilidade de virem diretamente a Dakar para fazer o reagrupamento. De qualquer forma, a federação vai validar a proposta técnica que será feita pelo treinador".
A não emissão de visto às jogadoras acontece em meio a mudanças realizadas pela gestão do presidente Donald Trump em relação a imigrantes. No início do mês, os Estados Unidos informaram a proibição da entrada de cidadãos de 12 países.
Os países proibidos são: Afeganistão, Myanmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. A decisão entrou em vigor no último dia 9.
Também haverá restrições mais rigorosas a cidadãos de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela. À época, Trump disse que a medida seria para proteger a segurança nacional. "Devo agir para proteger a segurança nacional e o interesse nacional dos Estados Unidos e de seu povo", afirmou.
O site "Kewolo" lembrou que um memorando interno assinado pelo Secretário de Estado Marco Rubio, e consultado pelo jornal Washington Post, dos Estados Unidos, indicava que essa medida poderia ser estendida a outros 36 países, incluindo 25 países africanos — dentre eles, Senegal.
Os Estados Unidos são sede da Copa do Mundo de Clubes, que está em curso. Além disso, vai receber a Copa do Mundo de futebol em 2026 e os Jogos Olímpicos de 2028, que serão realizados em Los Angeles.
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