Mundial de Surfe: Brasil defende domínio em futuro palco das Olimpíadas

A segunda metade do Circuito Mundial da WSL começa nesta segunda-feira, em um lugar que traz boas lembranças ao surfe brasileiro: Lower Trestles, na Califórnia, que também será o palco da disputa das Olimpíadas de 2028, em Los Angeles.

Das últimas cinco vezes que o pico recebeu etapas do Tour, o Brasil venceu quatro — sendo três delas as grandes finais do Mundial. Um histórico que transforma o favoritismo verde e amarelo quase em tradição por ali.

Domínio brasileiro

Trestles foi o palco da dobradinha histórica em 2017, quando Filipe Toledo venceu no masculino e Silvana Lima levou o título no feminino.

Anos depois, já no formato do WSL Finals, que reúne os cinco melhores do ranking para decidir o campeão mundial, a pista californiana, como é chamada, virou terreno fértil para os brasileiros.

Em 2021, Gabriel Medina foi coroado tricampeão mundial após uma atuação irretocável, com Filipe Toledo como vice e Italo Ferreira em terceiro.

Medina foi tricampeão em Trestles
Medina foi tricampeão em Trestles Imagem: GettyImages

No ano seguinte, foi a vez de Filipe brilhar, batendo Italo na final e conquistando seu primeiro título.

Em 2023, o troféu ficou novamente com Filipinho, consolidando sua supremacia no pico.

A única derrota brasileira nesse período foi no ano passado, quando John John Florence levou o título sobre Italo. Mas mesmo essa decisão ficou marcada por polêmicas no julgamento — e não apagou o domínio construído pelos brasileiros em Trestles.

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Time escalado

Seis brasileiros entram na disputa no masculino: Yago Dora, Italo Ferreira, Alejo Muniz, Filipe Toledo, Miguel Pupo e João Chianca. No feminino, Luana Silva será a única representante do país.

Entre os homens, os olhos se voltam naturalmente para Filipe Toledo. O bicampeão mundial conhece como poucos os segredos da onda californiana e é considerado o grande favorito do evento.

Atual sétimo colocado no ranking, ele precisa de uma boa campanha para entrar na zona de classificação para o WSL Finals — que este ano será disputado em Fiji.

Italo Ferreira busca recuperação no Mundial
Italo Ferreira busca recuperação no Mundial Imagem: Manel Geada/World Surf League

Italo Ferreira também chega com moral. Apesar de perder a liderança do ranking em Margaret River, ele é um dos nomes mais consistentes da temporada e tem um histórico excelente em Trestles, com duas finais nos últimos anos.

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No feminino, Luana Silva chega embalada após garantir sua permanência na elite no corte do meio da temporada.

Jovem e com boas atuações recentes, ela tenta agora buscar seu melhor resultado no ano — e, quem sabe, brigar por uma vaga entre as cinco melhores até o fim da temporada.

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