Surfar no Havaí vai ficar mais caro a partir de 2026; entenda

Um dos destinos mais sonhados por surfistas do mundo todo vai ficar um pouco mais caro. A partir de 1º de janeiro de 2026, o Havaí passará a cobrar uma nova taxa sobre hospedagens e cruzeiros, que deve afetar diretamente os turistas - incluindo, claro, os que viajam em busca das ondas perfeitas da ilha.

O que aconteceu

A medida foi sancionada no fim de maio pelo governador Josh Green e aumenta em 0,75% o imposto sobre acomodações transitórias (TAT), que passa de 10,25% para 11%.

Na prática, quem se hospedar em hotéis, airbnbs ou navios de cruzeiro no Havaí vai pagar cerca de US$ 2,25 a mais por dia em uma estadia média de US$ 300. É o que vem sendo chamado de "Green Fee".

A cobrança é inédita nos Estados Unidos e tem como principal objetivo levantar recursos para ações contra os impactos das mudanças climáticas.

Josh Green, governador do Havaí, celebra nova medida
Josh Green, governador do Havaí, celebra nova medida Imagem: Instagram/@govjoshgreen

O governo estima arrecadar cerca de US$ 100 milhões por ano com a nova taxa, valor que será investido em projetos de proteção ambiental, restauração de praias e trilhas, combate a incêndios florestais e adaptação da infraestrutura local.

Barreira invisível?

Para o governo local, o "Green Fee" é uma forma de preservar o paraíso natural que atrai quase 10 milhões de turistas por ano.

Não podemos esperar o próximo desastre climático acontecer para agir. Essa taxa vai ajudar a proteger a saúde e segurança de quem mora e visita o Havaí.
Josh Green, governador do estado

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Mas nem todo mundo está satisfeito. Representantes da indústria do turismo afirmam que o aumento pode desestimular visitantes e impactar a economia local.

Já organizações civis apontam que a medida pode atingir também os moradores do arquipélago, que viajam entre as ilhas com frequência e também terão que arcar com os novos custos.

Malia Hill, do instituto Grassroots do Havaí, criticou a medida: "Não há nada como tirar férias no Havaí, é verdade. Mas isso não significa que a taxa não vá impactar os gastos dos visitantes e a atratividade do destino."

Tendência global

Com a medida, o Havaí se junta a uma lista crescente de destinos turísticos que vêm adotando taxas ambientais para tentar reduzir os efeitos negativos do turismo de massa.

Países como Nova Zelândia, Islândia, Itália, Indonésia e até cidades como Amsterdã e Veneza já aplicam modelos semelhantes.

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