Dos games ao surfe: quem é o chefão da WSL que tenta revolucionar o Mundial

Você sabe quem está por trás das mudanças mais recentes e bombásticas do surfe competitivo? O nome dele é Ryan Crosby, o CEO da World Surf League — e o responsável por colocar o Mundial de Surfe (CT) de cabeça para baixo.

Com um currículo que passa por gigantes como Riot Games, Hulu, Xbox, Call of Duty e até Netflix, Crosby assumiu o comando da WSL em maio de 2024. Em menos de um ano no cargo, tomou decisões que já transformaram o futuro do Tour.

Foi ele quem puxou a fila das grandes mudanças: aumentou o calendário do CT em 2025, colocou Fiji como sede do Finals e anunciou um reforço no número de mulheres na elite. E, na última sexta-feira, soltou a bomba que sacudiu o surfe competitivo: a partir de 2026, o Mundial volta a ser decidido por pontos corridos, com Pipeline como palco da etapa final.

Construindo marcas

Apesar de não vir diretamente do universo dos esportes, Crosby sempre navegou bem em mares de grandes audiências. Foi presidente da Riot Games, onde liderou projetos globais como League of Legends e Valorant. Antes disso, ajudou a construir marcas globais e comunidades engajadas em empresas como Hulu, Netflix, Xbox e Activision.

Especialista em marketing, o novo comandante da WSL tem uma missão clara: transformar o surfe profissional em um produto mais atrativo para o público global — sem perder a alma do esporte.

Conexão

Crosby não é só um executivo de escritório. Morador de Mar Vista, na Califórnia, ele surfa, apoia causas ambientais e integra o conselho da Surfrider Foundation, ONG dedicada à proteção dos oceanos. Sua ligação com o mar é pessoal. E isso ajuda a explicar o entusiasmo com que assumiu a missão de reinventar a WSL.

Amo o surfe porque ele é um esporte competitivo incrível, mas também muito mais do que isso. É um estilo de vida, uma paixão, uma comunidade global profundamente conectada Ryan Crosby, ao ser anunciado pela WSL

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Um novo capítulo

A escolha de um líder com forte experiência em entretenimento e tecnologia indica um movimento claro da WSL: fortalecer a presença digital do surfe profissional, buscar novas parcerias globais de mídia e ampliar suas fontes de receita. A missão é ambiciosa e nem sempre agrada os fãs mais tradicionais, mas reflete a necessidade de evolução e sustentabilidade no cenário esportivo atual.

Ryan Crosby parece entender essa equação. E se depender do impacto das primeiras mudanças que implementou, a WSL entrou mesmo em uma nova era - com um chefão disposto a pensar fora da caixa e colocar o surfe no centro do palco mundial.

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