Sidão, Sesi e médicos: combo que fez Dani Lins voltar 12 dias após cirurgia
Ler resumo da notícia
Aos 40 anos de idade, Dani Lins não cansa de surpreender. Quando em meados de março, ela anunciou seu afastamento para a retirada de um nódulo na tireoide, poucos imaginavam que ela voltaria às quadras ainda nesta temporada. Em duas semanas, ainda sem voz e com pontos no pescoço, ela não só retornou como foi a grande protagonista da vitória do Sesi Bauru na abertura dos playoffs das quartas de final da Superliga.
Amanhã, Dani estará à frente do Sesi na grande decisão pelo título da competição contra o Osasco/São Cristovão Saúde. Campeã olímpica em Londres-2012, a levantadora falou sobre as incertezas logo após a descoberta.
"Foi um choque para mim na época, fiquei muito preocupada. Eu sempre passei por uma mulher muito forte, e eu tentava refletir isso. A gente ficou uma semana e meia ainda segurando, esperando sair resultados, enfim. Nesse meio tempo eu fiquei bem nervosa. Mas o doutor Alexandre, que foi o meu cirurgião lá em Bauru, junto com o doutor Carlos, que é o nosso médico da Unimed também, me deixaram muito tranquila quanto à cirurgia", disse Dani.
Ela não via a hora de poder retornar à rotina de treinos e jogos e a equipe médica sabia disso. Além de todos os cuidados da medicina, Dani teve o apoio do time do Sesi e do seu marido, o Sidão, prata também nas Olimpíadas de Londres em 2012.
"Sempre tive uma cabeça muito boa para passar com tudo isso da melhor forma possível, sorrindo, feliz. Eu acho que isso me ajudou na volta. E também as meninas, a comissão, todo mundo de Baru, todo mundo que me encontrava na rua e perguntava sobre meu retorno. Essa energia positiva me contagiou muito", comentou.
Tudo isso foi essencial para o retorno em 12 dias. Dani fez questão de ressaltar que não foi nada precipitado. A levantadora sempre esteve amparada e monitorada por médicos e comissão técnica. Com isso, seus dias fora de quadra não fizeram nem cócegas na qualidade de seu voleibol.
"Eu fui liberada. O doutor falou que já poderia jogar no dia seguinte a essa notícia. Eu tenho o Sidão em casa? Quando ele falou: 'Amor, não são oito dias que vão fazer você parar de saber dar um toque'. Isso me deixou muito tranquila. Falei, vamos para o jogo, vamos para a vida", exaltou.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.