Calderano faz 'escadinha' e desbanca realeza do tênis de mesa rumo ao topo
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Hugo Calderano chegou ao topo do mundo com a conquista da Copa do Mundo de Tênis de Mesa de forma incontestável: o brasileiro fez "escadinha", eliminou os melhores do ranking e destronou a atual realeza da modalidade.
Rumo à nova realeza
Calderano, atual quinto do ranking, derrubou o terceiro colocado, o vice-líder e o líder do ranking em sequência. Tomokazu Harimoto (JAP - 3°), Wang Chuqin (CHN - 2°) e Lin Shidong (CHN - 1°) foram as vítimas do brasileiro.
O brasileiro enfrentou cenários adversos e mostrou atitude contra a realeza do tênis de mesa. Ele saiu perdendo para Harimoto, nas quartas de final, e Lin, na final. A virada veio de maneira avassaladora, e os jogos terminaram em 4 a 1 para o brasileiro. A semifinal, contra Wang, foi mais dramática — Calderano perdia por 3 a 1, mas buscou a vitória heroica por 4 a 3.
Calderano vira "um estranho no ninho". O brasileiro deve ultrapassar o chinês Liang, atual número quatro do mundo, no ranking da modalidade. Dessa maneira, ele será o único mesa-tenista não asiático a ocupar o top-5. À frente está justamente o trio derrotado por ele: Lin, Wang e Harimoto, nesta ordem.
Calderano se tornou o primeiro atleta não asiático ou europeu a vencer a Copa do Mundo de Tênis de Mesa. O brasileiro colocou, de vez, seu nome na história da modalidade.
Não sei como consegui. É surreal. Antes de o torneio começar eu não poderia imaginar. Eu já estava feliz de ter garantido uma medalha na semifinal. Venci o número 3 do mundo, depois o número 2 e agora o número 1. É uma coisa louca. Coloquei meu nome na história do tênis de mesa. Hugo Calderano
Glória após 'decepção'
A maior glória da carreira vem depois do melhor resultado, que no final virou decepção. Calderano chegou até à semifinal das Olimpíadas de Paris-2024, mas foi derrotado pelo sueco Truls Moregard e foi para a disputa do bronze.
A briga pela medalha de bronze terminou mal. O brasileiro foi superado pelo francês Felix Lebrun em um 4 a 0 avassalador e saiu com gosto amargo da competição onde tinha obtido o melhor resultado da carreira a nível mundial.
Calderano se reergueu em pouco tempo. Desde a derrota em Paris até o título conquistado em Macau, na China, ontem, apenas oito meses se passaram.
Especialmente depois das Olimpíadas, é especial conquistar um título como esse. Eu sempre trabalhei muito, sempre acreditei em mim. Se você conversasse comigo há um mês, eu estava para baixo. Quero agradecer a todos pelo apoio. Sou muito grato pela torcida do Brasil, da minha família, dos meus amigos. Hugo Calderano
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