Fonseca admite que nervosismo o abalou em derrota: 'Não consegui enfrentar'
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Quadra lotada, estrelas do esporte e da TV presentes e uma grande expectativa de todo o Brasil em cima de um menino de 18 anos. Com um ambiente complexo em sua volta, João Fonseca admitiu que sentiu o nervosismo e sucumbiu ao francês Alexandre Müller, sendo derrotado em sua estreia no Rio Open por 1/6 e 6 (4)/ (7) 7, dando um adeus precoce ao torneio.
Eu sabia que teria que enfrentar esse nervosismo e não consegui enfrentá-lo. Não consegui jogar meu jogo, não consegui ser do meu jeito dentro de quadra, do meu jeito alegre, do meu jeito feliz de jogar. Não consegui jogar com o público e acho que essa foi a minha frustração de hoje: não consegui ser eu dentro de quadra
João Fonseca
Fonseca nega ter jogado com dores
João Fonseca já vinha preocupando os brasileiros desde quando sentiu dores no ATP de Buenos Aires, semana passada. Os sintomas apareceram nas semifinais na região da cintura.
O jovem, porém, negou que tenha jogado no sacrifício nesta terça-feira (18). Segundo ele, sua situação física estava 100%:
Eu consegui fazer duas boas noites de sono, consegui descansar bem e de dor estou zerado também. Acho que hoje não teve nada a ver com o físico, foi mais de minha parte mesmo
João Fonseca
O que mais ele falou?
A partida: "No primeiro game eu tive um break point e, se eu tivesse quebrado, o jogo poderia ter sido diferente. Eu poderia ter me soltado um pouco mais. Mas assim, acho que a diferença do primeiro para o segundo set foi o nervosismo. Fui baixando um pouco os nervos e conseguindo me soltar, conseguindo soltar o ar, mexer mais as pernas, ser um pouco mais sólido, mas infelizmente era tarde demais. Fui jogando um bom jogo, mas na verdade eu não consegui tirar o melhor dele. Acho que isso foi a frustração de hoje".
Apoio dos brasileiros: "Bom, é uma honra. Acho que a gente está na profissão para poder ajudar as outras pessoas. Estou ajudando pessoas, inspirando pessoas a jogarem tênis, a estarem mais presentes no esporte, a ajudar o Brasil a ser um país legal, um país que seja do esporte novamente, e é o que eu tenho tentado, trabalhado. Não foi do jeito que todos nós esperávamos, mas só tenho a agradecer o carinho de toda a torcida e todo o povo brasileiro por ter me apoiado nesses dias aqui no Rio Open. É triste não estar podendo fazer mais um jogo com o melhor público do mundo, mas é seguir trabalhando para que eu consiga. Temos que ter mais momentos como esse no ano que vem e seguir inspirando cada vez mais pessoas a jogarem tênis, a assistirem ao tênis e a ajudarem o Brasil a evoluir".
Como irá digerir o pós-jogo: "Tive a conversa com o meu treinador, falei para ele o que eu senti, que eu estava triste não por ter perdido em si, mas sim por não ter conseguido enfrentar tudo isso que eu falei: o nervosismo, o medo... Conseguir fazer um bom jogo. De hoje para amanhã, obviamente, ficarei triste, bravo comigo mesmo, mas sabendo que tem muita coisa pela frente. É um dia atrás do outro. Amanhã é descansar e quinta-feira já partir para os treinos novamente. Tem torneio pela frente, tem anos de treinos pela frente. É seguir aprendendo, evoluindo, tendo as experiências para melhorar não só como atleta, mas como pessoa também".
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