Fonseca se surpreende com apoio de Vini, Neymar e R9: 'Pessoas intocáveis'

Aos poucos a ficha de João Fonseca tem caído diante do sucesso de seus resultados recentes. Sempre procurando ficar "offline" durante os torneios e com um perfil discreto nas redes sociais, ele se mostrou surpreso com o apoio que tem recebido de astros do futebol e do esporte em geral, como Vinícius Júnior, Neymar, Ronaldo, Rebeca Andrade, entre outros.

Em entrevista coletiva no Rio Open nesta segunda-feira (17), o jovem tenista classificou tais estrelas como "pessoas intocáveis".

Fico simplesmente honrado. São jogadores que são ídolos nacionais e mundiais que estão me parabenizando, sabendo quem eu sou. Neymar, Vinícius Júnior, Ronaldo... Essas pessoas são ídolos para mim, são pessoas que eu via como pessoas intocáveis. Eles estão me parabenizando e sabendo quem eu sou. Isso é simplesmente sensacional. Acho que algumas crianças dizem que eu sou um ídolo para elas e eu falo que há dois anos eu via outras pessoas como ídolos, eu era mais um torcedor. Muita coisa mudou, como eu disse, e estou muito feliz com tudo isso que está acontecendo
João Fonseca

Fonseca garante estar recuperado de dores em Buenos Aires

João Fonseca chega ao Rio Open após conquistar o ATP de Buenos Aires (ARG) no último domingo (16). Uma cena que causou preocupação aos brasileiros foi ele reclamando de dores na região da cintura, onde precisou de atendimento do fisioterapeuta. O carioca, porém, garantiu que está recuperado para a estreia nesta terça-feira (18) contra o francês Alexandre Muller.

Estou ótimo fisicamente. Foi uma semana cansativa. Estou bem preparado e me sentindo super bem. A lesão que tive na semifinal e final já está zerada. Estou preparado para o jogo de amanhã. Vai ser cansativo, mas vamos para cima
João Fonseca

O que mais ele falou?

Título do ATP de Buenos Aires: "O meu primeiro título foi muito especial. Acho que muita coisa mudou. Acredito que vai ser um passo bem grande na minha carreira. Que eu possa cada vez mais conseguir jogar torneios maiores. Bom, o primeiro título foi na Argentina, obviamente gostaria de conseguir no Rio, mas do mesmo jeito foi especial".

Pressão da torcida argentina: "Eu sacava logo para eles para eles pararem (com as vaias). Se eu não sacasse logo, eles iriam continuar (risos). É difícil de jogar. Falei isso antes do torneio, eu joguei contra quatro argentinos. Então acho que essa parte do nervosismo acontece com qualquer um. Até mesmo o Nadal já falou isso. Acontece com ele. Então vai acontecer, vai chegar o momento que vai estar nervoso. Acho que todos esses jogos me deram um passo a mais para acreditar no nível de maturidade. Acho que foi muito importante para o meu amadurecimento".

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Ficha da idolatria caiu no Rio: "Bom, muita coisa mudou. Eu diria que na minha carreira as coisas acontecem muito rápido. Fui do juvenil ao profissional, jogando cada vez torneios maiores, ganhando convites e fui crescendo. Acho que o João de um ano atrás nunca acreditaria que eu poderia chegar tão longe, tão cedo. Obviamente acreditaria que eu poderia chegar onde estou e talvez até mais, mas não tão cedo. Feliz com a trajetória até aqui. Eu não sabia o quão tinha viralizado depois do Austrália Open. Eu tinha ficado poucas semanas no Rio. Então eu não sabia o quão tinha de visibilidade, o quão tinha chegado. Eu estou um pouco fora das redes sociais também. Acho que essa semana aqui (no Rio) consegui realmente ver o quanto tudo mudou. Me sinto muito feliz, estou orgulhoso de mim mesmo, mas ao mesmo tempo, sempre querendo mais. Vejo crianças torcendo por mim, me vendo como exemplo, como inspiração. Isso te dá forças para seguir trabalhando cada vez mais".

Fama traz pressão?: "Eu acho que é uma pressão boa, né? É um sonho jogar tênis, é simplesmente uma honra representar o Brasil. Estar fazendo esse papel de inspirar crianças é muito legal e estou fazendo o que eu gosto, o que eu amo. Isso me dá combustível para seguir lutando, trabalhando talvez mais duro, obter títulos. Acho que as coisas vão acontecer naturalmente junto com um trabalho duro".

Estreia contra Muller no Rio Open: "Um jogador que eu, particularmente, não conheço muito bem, nunca vi jogar, mas provavelmente vou ver tudo com meu treinador, com a minha equipe, ver as estatísticas, o que fazer, o plano de jogo. Mas, obviamente, tem muita expectativa para o jogo, logo depois do título, logo depois da Austrália, depois de um ano que muita coisa mudou, saindo de 700 no ano passado no ranking para agora 68º. Vai ser muito diferente, mas ao mesmo tempo é um salto importante para mim no nível de maturidade. Agora é focar no presente, no que pode acontecer aqui no Rio. Que eu consiga estar super bem, me adaptar à quadra. É descansar e me preparar para amanhã".

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