Comerciais batem R$ 46,4 milhões, e Super Bowl deve quebrar recordes na TV
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A transmissão do Super Bowl 59 caminha para bater os recordes da televisão dos EUA. Na noite do próximo domingo (9), Kansas City Chiefs e Philadelphia Eagles se enfrentarão no Superdome em um confronto que há tempos vale muito mais do que "apenas" o título da temporada da NFL, sendo um verdadeiro sucesso de audiência.
O que aconteceu
Mais de dez peças comerciais foram vendidas pelo valor recorde de US$ 8 milhões (R$ 46,4 milhões na cotação atual) cada, segundo a CNBC e a Variety. Na edição passada, anúncios de 30s foram comercializados por cerca de US$ 7 milhões (R$ 40,6 milhões).
Serão cerca de 50 anunciantes durante a transmissão deste ano, com peças de 15s, 30s e 60s de duração. Marcas de comidas e bebidas, eletrodomésticos, concessionárias e empresas de viagens e de tecnologia dominam entre as empresas que compraram os direitos, conforme lista publicada pela Forbes.
A Fox anunciou que todos os espaços publicitários foram esgotados ainda em novembro. Algumas marcas acabaram desistindo, o que fez com que as cotas fossem revendidas e a emissora, responsável por exibir a partida com exclusividade nos Estados Unidos, subisse a pedida para atingir o valor recorde.
A emissora deve bater US$ 700 milhões (R$ 4 bilhões) de receita comercial, de acordo com a Ad Week. No ano passado, o grupo da CBS foi o detentor da transmissão, que gerou ao todo cerca de US$ 600 milhões (R$ 3,5 bilhão) em publicidade apenas no mercado norte-americano.
Mesmo que em um primeiro momento o valor possa assustar, vale considerar que estamos tratando do maior mercado de mídia do mundo e que vive um momento de muita disputa por atenção. Sendo assim, um evento que tenha a capacidade de atrair tantos olhares de uma única vez e ainda gerar conversas nas redes sociais que perduram por dias depois do apito final, faz o investimento se justificar.
Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM
Sucesso na TV
O Super Bowl é com muita folga o evento mais assistido na televisão dos EUA. Foram 123,7 milhões de espectadores em 2024, registrando um aumento de quase nove milhões em relação ao ano anterior, quando a Fox também exibiu a partida. Três em cada quatro fãs que assistem à final da temporada da NFL dizem que assistem aos anúncios, sendo quase 25% espectadores atentos, de acordo com estudo da Ipsos.
É esperado que a transmissão deste ano atinja um recorde de 203,4 milhões de telespectadores. A NRF, maior associação comercial de varejo do mundo, estima um consumo médio de US$ 91,58 (R$ 531) por pessoa sintonizada no Super Bowl, o que totalizaria US$ 18,6 bilhões (R$ 107,86 milhões) movimentados durante o jogo.
O valor de anúncios antes e após o jogo também aumentou. O preço dos comerciais no pré-jogo mais do que dobrou, partindo de US$ 2 milhões (R$ 11,6 milhões) para US$ 4,5 milhões (R$ 26,1 milhões), enquanto o de pós-jogo, que ficava entre US$ 2,5 milhões (R$ 14,5 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 17,4 milhões), bateu US$ 4 milhões (R$ 23,2 milhões).
Tudo é pensado e projetado da melhor forma possível para o público que está presente fisicamente e também em casa, visto que a audiência simultânea atinge a casa dos milhões mundo afora, especialmente nesta Era do streaming. O Super Bowl é um dos melhores exemplos de como a experiência de um evento desta magnitude ultrapassa os limites das próprias arenas.
Renê Salviano, especialista em marketing esportivo
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