UFC: Dos Anjos busca recordes aos 40 anos enquanto planeja aposentadoria

Rafael dos Anjos pode se dar um presente de aniversário no UFC 308. O brasileiro, que completa 40 anos neste sábado (26), vai lutar contra Geoff Neal, mas o combate não será o último dele na categoria, apesar do atleta já ter planos para a aposentadoria.

Planos e sonhos

Rafael dos Anjos tem outras quatro lutas a fazer no UFC além do combate deste sábado. Ele quer manter o compromisso até o fim e, em meio a isso, ainda conseguir uma luta de destaque.

Tenho cinco lutas no meu contrato e quero finalizar todas elas, finalizar bem. Quem sabe, conseguir uma superluta, de bastante pompa. Eu estou me sentindo bem, não tenho nenhuma lesão crônica, nada que venha me atrapalhar a treinar, tenho motivação ainda para treinar, acordo com vontade de treinar, com vontade de fazer alguma coisa. Eu amo o que eu faço. Rafael dos Anjos, ao UOL

Se engana quem pensa que Rafael dos Anjos luta apenas por lutar. O brasileiro ainda tem algumas metas dentro do UFC e sonha em bater alguns recordes.

Entrar pro Hall da Fama do UFC é uma coisa que eu tenho muita vontade e continuar quebrando alguns recordes. De repente mais vitórias no UFC, mais horas no octógono... São coisas legais que eu teria vontade de ter no meu currículo.

Rafael já superou a própria expectativa quanto à idade para a aposentadoria. Exemplos vividos por outros colegas do mundo da luta ajudaram o lutador a 'esticar a carreira'.

Mas ele não deixa de pensar no que vai fazer quando pendurar as luvas. Pelo contrário, o atleta já tem bem definido no que pretende investir após a aposentadoria.

Não tenho uma idade certa [para aposentadoria]. No início da minha carreira, eu tinha uma idade. Eu falei: 'vou parar de lutar aos 37 ou 38'. Só que eu ainda estava bem, lutando bem, treinando bem, então resolvi esticar um pouco mais isso. Eu já vi alguns amigos pararem e de repente parar muito cedo ou parar e voltar. A minha intenção é o dia que eu pendurar as luvas ser algo definitivo. Eu não pretendo sair do UFC e querer lutar em outro evento ou parar e resolver voltar.

Eu tenho vontade de trabalhar com academia, ajudar pessoas, outros atletas a conquistarem os objetivos deles, alguns lutadores a saber treinar. Eu acho que o segredo de eu estar treinando até hoje, lutando em alto nível, é a minha longevidade. Eu tenho muitos truques comigo que eu sei, de formas de treinar, de saber como preservar o corpo, o dia que tem que puxar forte, o dia que tem que tirar o pé, então isso é uma coisa que graças a Deus eu adquiri, de acordo com os anos, com alguns profissionais muito bons que eu trabalhei. Eu tenho essa fórmula, quero montar academia.

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Legado e vida fora das lutas

Rafael dos Anjos compreende a história que construiu no MMA. O brasileiro entrou no UFC em 2008 e ganhou o cinturão da categoria peso-leve em 2015. Hoje, luta como meio-médio e vê um legado construído.

Eu sou o primeiro não-americano campeão do UFC. Fui o primeiro, um peso-leve não-americano, e depois veio o Conor [McGregor], depois o Charles [do Bronxs]. Eu sou um cara que nunca escolheu luta, que tem muita resiliência. Comecei com muitas dificuldades na minha carreira também, com derrota. E acho que o legado é esse, é resiliência, aceitar qualquer desafio e 'casca grossa' que briga até o final.

O jeito "casca grossa" não é o mesmo que Rafael dos Anjos leva no seu dia a dia longe do octógono. O lutador se define como uma pessoa que prefere "viver no mato".

Eu gosto muito de ficar com a minha família mesmo, gosto de acampar, de dirigir, fazer trilha de carro, mas minha vida gira em torno da luta. Quando não estou treinando, eu gosto de ficar no mato, viver no mato e em cachoeiras.

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