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Fórmula 1

Nelsinho Piquet ironizou Hamilton após Verstappen conquistar mundial de F1

Do UOL, em São Paulo (SP)

28/06/2022 09h34

O piloto Nelsinho Piquet — filho de Nelson Piquet, que usou um termino racista para se referir a Lewis Hamilton — também já demonstrou que não é muito fã do heptacampeão da Fórmula 1.

Em dezembro do ano passado, Nelsinho foi ao delírio com o título mundial de Verstappen na última corrida da temporada, no GP de Abu Dhabi, onde o holandês conseguiu ultrapassar o britânico na última volta e se tornou o campeão da categoria.

Ele apareceu em um story no Instagram celebrando: "É campeão!". Ele vestia uma camiseta com a inscrição: "Patrão é meuzovo", em referência ao modo como o piloto da Mercedes é chamado pelos fãs.

Nelsinho Piquet é cunhado de Max Verstappen. O piloto da Red Bull Racing namora Kelly Piquet, irmã de Nelsinho e filha do tricampeão mundial Nelson Piquet.

Na época do episódio, segundo o colunista do UOL Esporte Fábio Seixas, o piloto brasileiro circulou no Autódromo em Interlagos com a mesma camiseta em provocação a Lewis Hamilton.

Trapaça de Nelsinho Piquet ajudou um dos títulos de Lewis Hamilton

Em 2008, um episódio marcou negativamente a carreira de Nelsinho e foi batizado de 'Singapuragate'. Na ocasião, o piloto brasileiro estava na Renault e, na 15ª volta do GP de Singapura, bateu propositalmente o carro para forçar a entrada do safety car e beneficiar seu companheiro de equipe, Fernando Alonso.

A trapaça veio à tona no ano seguinte, e as investigações deram conta de que houvera armação arquitetada por Flavio Briatore, então chefe da Renault, e Pat Symonds, diretor de engenharia da equipe francesa.

Nelsinho jogou o caso no ventilador para a direção da Federação Internacional de Automobilismo (Fia) assim que se viu diante da demissão da Renault, em 2009.

A situação impactou na vida de Lewis Hamilton porque quem liderava a corrida quando Nelsinho jogou o carro no muro era Felipe Massa.

Alonso fez um pitstop três voltas antes do "acidente" de Nelsinho. Com isso, beneficiou-se ao antecipar a troca de pneus e abastecimento, induzindo os demais pilotos a entrarem nos boxes durante a entrada do safety car.

Felipe Massa, lógico, foi um deles. Mas, além da perda de tempo em relação a Alonso, a parada do brasileiro da Ferrari ainda teve uma trapalhada histórica, já que ele saiu com o carro quando a mangueira de gasolina ainda estava presa ao monoposto. A cena foi absurda. Massa, nos boxes, com um pedaço do duto destruído e pendurado, enquanto os mecânicos da Ferrari corriam atrás do carro para tirar a parte da mangueira presa.

Massa, com isso, perdeu muito tempo e terminou a corrida fora da zona de pontuação, em 13º. O plano deu certo, e Alonso venceu. No rádio, para manter as aparências, Nelsinho ainda mandou um "Desculpa, pessoal" no rádio. Hamilton, que estava em segundo quando Nelsinho bateu, acabou em terceiro.

Pensando na classificação do campeonato, Hamilton somou seis pontos. Massa, nenhum. Depois da última corrida da temporada, em Interlagos, a diferença entre os dois acabou sendo de um ponto:98 a 97. Assim, Lewis Hamilton, então na McLaren, conquistou seu primeiro título mundial. Para Massa, uma frustração inigualável, já que ele venceu a corrida em São Paulo, por instantes chegou a ser campeão do mundo, mas viu Hamilton ultrapassar Timo Glock na última volta.

O escândalo em Singapura rendeu um banimento para o resto da vida a Flavio Briatore — que já tinha sido demitido da Renault antes da sentença. Pat Symonds pegou cinco anos de gancho. Nelsinho, por ter colaborado com a investigação, não foi punido. Mas precisou seguir a carreira nas pistas bem longe da Fórmula 1.

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